A intensa e constante chuva em Picos, que iniciou na noite da última terça-feira (20), continua trazendo transtornos à população, principalmente à residente em bairros periféricos de morros, como no Paroquial e Quilombo.
Na noite da quarta-feira (21), uma família do Paroquial teve que deixar a residência, após a água da chuva, que deveria passar pela galeria do morro, ter entrado na casa e transformado a noite dos moradores em um verdadeiro pesadelo, com muito entulho e lama no local, destruindo, principalmente, a cozinha da família.
Em uma outra residência, o morador reclamou que nada foi feito pela gestão municipal, e o pouco que foi feito foram os próprios residentes da comunidade que fizeram. Ele disse ainda não ter para onde ir, por isso não pode sair de casa.
Nesta sexta-feira (23), mais estragos apareceram na comunidade do Paroquial. A idosa Maria Firma, disse que seu maior medo é que uma das pedras que estão no fundo de sua casa desabem e ela acabe perdendo a vida.
Na comunidade Quilombo, localizada no bairro Morada do Sol, a situação não chega a ser diferente. A população sofre, há muitos anos, com a falta de infraestrutura do local. O problema se intensifica sempre no período chuvoso, pois, como não há calçamento, as ruas ficam totalmente cobertas de lama e isso deixa os moradores praticamente ilhados.
Mesmo com dois acessos – pelo Morada do Sol e pelo Morada Nova –, os residentes do local sofrem, pois ambos são precários.
Além da inacessibilidade, o matagal e número de animais peçonhentos também crescem no período, o que é um perigo, pois há muitas crianças e idosos no local.
A Defesa Civil de Picos, representada pelo secretário João Araújo, informou que muitos pontos da cidade estão em estado crítico após as intensas chuvas e que a pasta está monitorando as situações e as famílias atingidas a fim de prestarem auxílio em suas necessidades.