3 de maio de 2024
Cidades em Foco
DestaqueGeralNordeste em FocoPiauí

34 empregadores do Piauí integram lista suja de trabalho análogo à escravidão

34 empregadores do Piauí integram lista suja de trabalho análogo à escravidão - Foto: Divulgação/MTE

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou a lista do Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à escravidão. O documento, conhecido como Lista Suja, traz 248 empregadores que estão irregulares junto ao órgão em todo o país. Aqui no Piauí, há 34 empregadores cujos nomes integram a lista suja de trabalho análogo à escravidão do Governo Federal.

Este é o maior número já registrado na história. De acordo com o Ministério do Trabalho, destes 248 empregadores que constam na lista suja, 43 foram inseridos devido à constatação de práticas de trabalho análogo à escravidão em âmbito doméstico. As atividades econômicas com maior número de empregadores inclusos na atualização da lista são: trabalho doméstico (43), cultivo de café (27), criação de bovinos (22), produção de carvão (16) e construção civil (12).

A lista suja de empregadores que tenham submetido seus trabalhadores a condições análogas à escravidão é atualizada a cada seis meses pelo Ministério do Trabalho e Emprego e tem por finalidade dar transparência aos atos administrativos que decorrem das ações fiscais de combate ao trabalho análogo à escravidão.

O órgão explica que a inclusão de pessoas físicas ou jurídicas no Cadastro de Empregadores ocorre somente após a conclusão do processo administrativo que julga o auto específico de trabalho análogo à escravidão. Mesmo após a inserção no cadastro, o nome do empregador permanecerá publicado por um período de dois anos.

“Quando são encontrados trabalhadores em condição análoga à de escravizados durante ação fiscal de inspeção do Trabalho, são lavrados autos de infração para cada irregularidade trabalhista encontrada, que demonstram a existência de graves violações de direitos, e ainda auto de infração específico com a caracterização da submissão de trabalhadores a essas condições”, explicou o Ministério do Trabalho em nota.

34 empregadores do Piauí integram lista suja de trabalho análogo à escravidão - (Divulgação/MPT-PT)Divulgação/MPT-PT

34 empregadores do Piauí integram lista suja de trabalho análogo à escravidão

Piauí é o Estado nordestino que mais resgata pessoas em situação análoga à escravidão

Pelo segundo ano consecutivo, o Piauí é o estado do Nordeste que mais resgatou trabalhadores em situação análoga à escravidão. Os dados divulgados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) apontam que, em 2023, foram resgatados 159 trabalhadores no Estado. Apesar de significativo, o número teve uma queda de 8,8% em relação a 2022, quando 180 trabalhadores foram resgatados pelas equipes do MPT.

A nível nacional, o Piauí é o quinto com maior número de resgates. Em primeiro lugar aparece Goiás (739), seguidos de Minas Gerais (651), São Paulo (392) e Rio Grande do Sul (334). Em todo o Brasil, 3.191 trabalhadores em situação análoga à escravidão foram resgatados ao longo de 2023.

Fonte: O Dia

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais