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1 de maio de 2024
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TJ-PI nega prisão domiciliar a empresária suspeita de manter afilhada em cárcere privado e escravidão

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

O desembargador Sebastião Ribeiro Martins, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), negou o pedido de liberdade feito pela defesa de Francisca Danielly Mesquita Medeiros. A empresária foi presa na última terça-feira (23) por suspeita de manter em cárcere privado e situação de escravidão a própria afilhada.

A vítima, Janaína dos Santos Ferreira, vivia na casa da empresária há 15 anos. A jovem, hoje com 27 anos, foi trazida do Maranhão aos 12 anos e era proibida de manter contato com sua família.

No pedido, o advogado de defesa, Paulo Germano Martins Aragão, explica que a empresária é mãe de duas crianças, menores de 12 anos, e que uma delas estaria dentro do espectro do autismo e precisa de cuidados especiais.

Mas em sua decisão, o desembargador informou que não foram anexados documentos que comprovem a necessidade de cuidados especiais, por parte de uma das crianças filhas da investigada.

Ainda em sua decisão, Sebastião Ribeiro Martins, diz que o conjunto de provas deixa evidente que a investigada privou a vítima de sua liberdade e, ainda, bloqueou os contatos telefônicos com sua família, impedindo a vítima de ir e vir e ter contato com a sociedade, e que sua prisão cautelar está embasada na “imprescindibilidade para as investigações do Inquérito Policial que apura a prática dos crimes de sequestro e cárcere privado”.

Entenda o caso

A empresária Francisca Danielly Mesquita Medeiros, 38 anos, foi presa, nesta terça-feira (23), suspeita de manter a prima e afilhada- atualmente com 27 anos- em cárcere privado, sob tortura e em situação de escravidão, em uma residência no bairro Ilhotas, na zona Sul de Teresina. A investigação teve início após a vítima conhecer um rapaz e relatar o caso.

A vítima é natural do povoado Veredão, na cidade de Chapadinha, no Maranhão, onde residia com os pais. Ela veio para Teresina ainda criança com a promessa de uma vida melhor e contou que era proibida de frequentar a escola, praticamente, não tinha autorização para sair e foi impedida de retornar para casa dos pais. Ela também relatou que as agressões e ameaças de morte eram diárias.

Adriana Magalhães
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