A Polícia Civil de José de Freitas investiga um caso relacionado ao nascimento de um bebê morto no Hospital Nossa Senhora do Livramento. De acordo com o delegado Hildson Rodrigues, a família do recém-nascido acredita que houve negligência médica durante o parto e não aceita que a criança tenha nascido sem vida.
O titular do 17º DP explica ainda que o bebê era do sexo masculino e nasceu na última terça-feira (08). O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e submetido à exames. O resultado deve sair em 30 dias.
“Estamos aguardando o resultado do laudo para, assim, instaurar ou não o inquérito. A família está indignada porque o bebê nasceu morto e culpam a equipe de negligência. Basicamente, eles contam que pediram para trazer a mãe para Teresina porque acharam que o parto seria complicado, mas o médico plantonista teria dito que a vinda para a capital não era necessária, pois existiam alguns protocolos a serem seguidos”, explica o delegado.
A mãe que perdeu o bebê estava grávida de nove meses e teve parto normal. Os pais do recém-nascido moram na zona rural de José de Freitas.
Socorro Silva, gerente do setor de Enfermagem do hospital, conta que a paciente não foi levada para Teresina, porque a transferência de pacientes segue alguns critérios impostos pela Central de Regulação.
“A transferência de qualquer paciente deve obedecer a alguns critérios, aos quais essa mãe não se enquadrava. Se a gestante é adolescente, está grávida pela primeira vez, apresenta sangramento, a bolsa não dilatou, está acima de 42 semanas…nestes casos, providenciamos a transferência. Porém, essa paciente tem 31 anos, era o segundo filho, estava com as contrações boas”, explica a enfermeira.
Ainda de acordo com informações do Hospital Nossa Senhora do Livramento, a paciente deu entrada 1h da madrugada e o parto ocorreu por volta das 5h. A gerente do setor de Enfermagem disse também que o bebê nasceu com o cordão umbilical enrolado ao pescoço, mas que os exames realizados antes do parto, não demonstraram anormalidade.
“Anteriormente, checamos os batimentos da criança e estavam normais. A ultrassom também não mostrou nada de errado, mas o bebê nasceu enlaçado, sufocado pelo cordão umbilical. Ele teve uma parada cardiorespiratória e a equipe tentou reanimá-lo por cerca de 40 minutos. Acreditamos que não houve negligência médica e qualquer profissional teria tido a mesma conduta”, finaliza Socorro Silva.
Fonte: Graciane Sousa / Cidade Verde