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5 de maio de 2024
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Agosto Lilás: Assistência Social de Caridade do Piauí realiza grande movimento de conscientização acerca da violência contra a mulher; veja fotos

A Prefeitura Municipal de Caridade do Piauí, através da Secretaria Municipal de Assistência Social, juntamente com o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, realizou um grande campanha em alusão ao Agosto Lilás, mês de conscientização e luta pelo fim da violência contra a mulher. Com o tema “Pelo fim da violência doméstica conta a mulher – um instrumento de luta por uma vida livre de violência”, o movimento teve a duração de três dias.

A ação iniciou sexta-feira (26), onde a população recebeu um momento de capacitação por parte dos Orientadores Sociais do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCVF) e Visitadores Sociais do Programa Criança Feliz (PCF), que estão realizando visitas às famílias para orientá-las acerca dos canais de proteção e os canais de denúncia para mulheres vítimas de violência. A entrega de panfleto com informações também foi feita a fim de melhor fixar o que estava sendo repassado.

Já na segunda-feira, 29 de agosto, a forma de disseminar conteúdo mudou para a utilização de carros de som nas ruas da cidade, o que espalharia a informação mais rápido e de forma abrangente. O conteúdo disseminado foi o mesmo, focando na divulgação das redes que protegem a vítima da prática ilícita, bem como formas de lidar e reportar.

Ao visitarem o CRAS em qualquer momento do dia, as mulheres foram recepcionadas e acolhidas de uma forma diferente. Chegando ao local, puderam se deparar com um espaço de escuta e a entrega de lembrancinhas referentes à campanha.

Na programação da tarde, foi realizado um encontro para mulheres, onde iniciaram uma roda de conversa com as que utilizam os serviços prestados pela Assistência Social. A oficina foi conduzida pela equipe de referência do município e por Kátia Martins, assistente social convidada.

O evento 

O momento de roda de conversa foi utilizado para a exposição profunda de tudo que envolve a violência contra a mulher. Em sua fala, Valdey Carvalho, coordenador do CRAS, comentou sobre a finalidade da iniciativa da equipe em promover um movimento grande como o feito em Caridade, que apresentou as diversas formas que a prática aparece e como combatê-las.

“Muito importante que cada mulher saiba que não está sozinha e sempre terão apoio profissional com quem poderão contar. A campanha, que viabiliza meios de combate através das redes de proteção existentes no município, tem encorajado cada vez mais as mulheres que são vitimas de algum tipo de violência a denunciar seus agressores”, disse.

A convidada, Kátia Martins, explicou o que são as redes de apoio para os presentes, a fim de passar maior segurança acerca deles e incentivar a busca por ajuda de quem está nesse ciclo ou conhece alguém que está. A assistente social ainda considerou o receio de algumas mulheres no momento da denúncia, afirmando que todos os conteúdos disseminados nos dias de campanha também objetivam passar segurança para as vítimas em potencial.

“Redes de apoio são os órgãos e instituição disponíveis, a nível federal e municipal, para dar suporte à mulher vítima de violência, como também a sua família. Apesar de ser um trabalho já executado por todos os órgãos, existem muitas mulheres que tem receio e medo de fazer uma denúncia. Daí a importância de estar passando essa segurança para mulher. As denúncias são anônimas e todos os profissionais são classificados e capacitados para essa questão”, afirmou.

A psicóloga do CRAS de Caridade, Gilka Mary, enfatizou o grande objetivo do movimento de combate. Para Gilka, toda mulher já teve uma experiência de abuso, seja ele físico ou moral, o que levanta a necessidade de entender como proceder em casos do tipo.

“Sempre que nós mobilizamos essa campanha, é tendo em vista o grande objetivo de atingir o público que somos nós, as mulheres, para que venhamos ter consciência daquilo que vivemos. Querendo ou não, todas nós já vivemos uma situação de violência e, a partir dessas situações, temos que buscar as redes de proteção dizer não a qualquer tipo de violência, seja ela física, psicológica, sexual, moral e patrimonial”, comentou.

A assistente concluiu trazendo dados recentes acerca da prática violenta, que registrou aumento nos últimos dois anos, momentos em que o isolamento social foi recomendado e as mulheres precisaram conviver mais com seus agressores.

“Na pandemia nós tivemos um índice altíssimo de violência contra a mulher. Muitas mulheres foram vítimas e muitas mulheres sofreram feminicídio. A campanha objetiva conscientizar, mas também mobilizar a ação e a consciência para que a mulher saia desse risco de violência”, finalizou a psicóloga.

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