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30 de abril de 2024
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MP recomenda que leitos de UTI no HU não sejam destinados apenas a pacientes de Manaus

Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (UFPI) — Foto: Renan Nunes/TV Clube

O Ministério Público do Piauí (MP-PI) expediu uma recomendação à Fundação Municipal de Saúde (FMS) e ao Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI) para que os leitos de UTI não sejam destinados apenas a pacientes de outros estados. De acordo com órgão, existe um bloqueio na regulação de pacientes piauienses para leitos de UTI no HU.

Procurados pelo G1, a FMS e o HU informaram que ainda não foram oficialmente notificados da recomendação e que por isso não iriam se posicionar.

Atualmente, 16 pacientes com Covid-19 vindos de Manaus estão em tratamento nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do HU. Um boletim divulgado pelo hospital nesta quarta informou que os pacientes estão com respiração espontânea e com quadro clínico estável.

Na recomendação, o promotor Eny Marcos Pontes afirma que a FMS deve garantir para que o auxílio prestado aos demais estados não prejudique o direito à saúde dos piauienses que necessitarem.

E pede que a FMS pare o bloqueio de regulação de leitos de UTI do Hospital Universitário para piauienses e justifique a medida. Ao HU, é recomendado que não estipule uma limitação dos leitos de UTI para os piauienses.

O órgão também espera que o hospital justifique a medida. Os citados, segundo o MP, tem o prazo de 48 horas para apresentar uma manifestação de cumprimento da recomendação.

O promotor justificou a recomendação afirmando que o MP tem “o dever de adotar medidas frente à vulnerabilidade da saúde, visando sempre proteger a população piauiense e melhorar as condições da saúde pública”.

Pacientes de Manaus

Evaneide Souza dos Santos, de 46 anos, recebeu alta do HU e voltou para Manaus — Foto: Divulgação /HU-UFPI

Evaneide Souza dos Santos, de 46 anos, recebeu alta do HU e voltou para Manaus — Foto: Divulgação /HU-UFPI

“Cheguei em um quadro de total desespero de onde saí e aqui fui muito bem acolhida. Cheguei sem saber o que me aguardava, sem saber para onde estava vindo, mas com a esperança de que iria voltar. Fui acolhida”, disse a paciente.

Teresina recebeu pacientes do Amazonas pela segunda vez na madrugada de segunda. O estado amazonense enfrenta uma crise devido à falta de oxigênio.

De acordo com documentos obtidos pelo Ministério Público de Contas do Amazonas, 31 pessoas morreram por falta de oxigênio em Manaus nos dias 14 e 15 de janeiro, quando a capital atingiu o ápice da falta do insumo.

Nesses dois dias, falta de oxigênio nos hospitais de Manaus levou a capital a um cenário de caos: com recordes nos casos de Covid e parentes de pessoas internadas tiveram que comprar cilindros com o gás por conta própria.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou, na terça, que 1,5 mil pacientes com Covid-19 do Amazonas ainda devem ser transferidos para outros estados para receber tratamento médico. O número é seis vezes maior do que o objetivo inicial, que era transferir 235 pessoas.

Fonte: G1-PI

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