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2 de maio de 2024
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Equipe de Usain Bolt perde medalha e atletas do CT Piauí herdam bronze olímpico

A equipe brasileira do revezamento 4x100m masculino nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 agora é medalhista de bronze. A descoberta do doping de um atleta da Jamaica beneficiou os brasileiros, entre eles Bruno Lins e José Carlos Moreira, o Codó, hoje representantes do clube CT Piauí.

Por decisão do Comitê Olímpico Internacional, o jamaicano Nesta Carter foi punido por doping, o que faz toda a equipe do país perder a medalha de ouro – inclusive o astro Usain Bolt.

Com a decisão desta quarta-feira (25), a Jamaica, que fez a prova em 37seg10, foi eliminada. Trinidad e Tobago (38seg06) fica com o ouro. O Japão (38seg15) herda a medalha de prata. O Brasil, quarto colocado na prova com 38seg24, será dono do bronze.

O Brasil correu a final com Vicente Lenílson, Sandro Viana, Bruno Lins e Codó. Eram reservas Rafael Ribeiro e Nilson André. O técnico era Jaime Neto.

Foto: Wilson Filho/Cidade Verde

Codó durante treino na pista da UFPI

Na cidade maranhense que o rendeu o apelido, Codó recebeu a notícia com surpresa:

– Recebi a ligação de um repórter de São Paulo informando que a gente conquistou a medalha de bronze devido ao doping do Nestar Carter. Me pegou de surpresa. Estou muito satisfeito, feliz pelo fato da medalha ter vindo, apesar da demora. Todo atleta sonha em ser medalhista olímpico. E a minha, com toda demora, após três olimpíadas, chegou. Eu espero usufruir bastante, poder receber logo esta medalha, colocar no peito, sentir o peso, trazer para a minha família, para os meus amigos na minha cidade de Codó. 

O Cidadeverde.com questionou Codó se a atuação de algum atleta era suspeita na época dos Jogos de Pequim.

– A gente não espera. A gente está lá dentro para fazer o melhor. Agora que tem atletas que sempre procuram o lado mais fácil, tem. Só que a gente não sabia. A gente estava em um momento de pura adrenalina, de pura emoção por fazer parte da final olímpica e jamais a gente esperava isso. 

Marcello Zambrana/CBAt

Bruno Lins no Troféu Brasil 2016, representando o CT Piauí

Bruno Lins soube da notícia quando um repórter de São Paulo o telefonou. O velocista achava que ele falava ainda da possibilidade da medalha vir para o Brasil – o doping foi descoberto no ano passado.

– Eu achei que ele estava querendo novamente falar sobre o assunto, dessa possível medalha. Ele disse: “não, Bruno, é oficial. Acabou de sair.” Na hora eu fiquei sem reação, sem realmente saber o que fazer, o que dizer. Mas é uma sensação de felicidade muito grande dentro do peito, de saber que hoje eu sou um medalhista olímpico, que meu nome vai estar na história do esporte nacional e mundial. É o que eu sempre sonhei para a minha vida inteira. 

Agora que a notícia é oficial, Bruno Lins disse ao Cidadeverde.com esperar que a medalha possa ajudar a fortalecer o revezamento brasileiro.

– A ficha tá caíndo ainda, a medalha vai vir para o nosso peito. (…) Isso só vem para mostrar o quanto o nosso revezamento é forte e o quanto ele ainda pode brilhar seja em mundiais e até olimpíadas. Nós temos material humano, nós temos qualidade. Agora só falta dar aquela encaixada para a gente chegar lá e até conquistar um ouro olímpico. Eu acredito muito isso. 

Codó informou que volta a Teresina nesta quinta-feira (26) – ele tem treinado na pista da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Já Bruno Lins treina em outra cidade, apesar do contrato com o CT Piauí – situação corriqueira em clubes de atletismo no Brasil. Os dois representam o clube piauiense desde o ano passado e estavam na delegação brasileira que disputou os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

 

Do CidadeVerde

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