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4 de maio de 2024
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Senado ignora decisão do STF de afastar Aécio Neves das funções parlamentares

O Senado ainda não cumpriu a decisão do STF que determina o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) das funções parlamentares.

Quase após um mês de determinação, o nome do tucano segue no painel de votação e na lista de senadores em exercício no site da Casa.

O gabinete dele funciona normalmente.

Se comparecesse a uma sessão, o tucano estaria apto a votar, de acordo com técnicos consultados pela reportagem.

Diferentemente da Câmara, que afastou logo em seguida o deputado Rocha Loures (PMDB-PR), suplente que exercia o mandato e alvo da mesma sanção imposta pelo Supremo, a Mesa do Senado sequer discutiu até hoje o que fazer com Aécio.

Segundo a Folha de São Paulo, o comando da Casa não se manifestou ao ser procurada para comentar o assunto.

O ministro Edson Fachin determinou, no último dia 17 (maio), a suspensão de Aécio e Rocha Loures do exercício das funções parlamentares ou de qualquer outra função pública, impedindo-os de se encontrar com réus ou investigados no caso de deixar o país.

O peemedebista deixou a Câmara com a volta do então ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR), ao Congresso.

A Procuradoria-Geral da República também pede a prisão de Aécio.

O caso ainda será examinado pelo Supremo.

Ao analisar a situação de Rocha Loures, a Câmara decidiu manter o salário e o plano de saúde dele, mas cortar os demais benefícios, como verba para pagar assessores e despesas atreladas ao mandato.

Mas, com a volta de Serraglio, ele retornou à suplência e foi preso logo em seguida.

A tendência é que a Mesa do Senado mantenha o salário de R$ 33,7 mil de Aécio. Mas ainda há dúvida se a Casa suspenderá as outras verbas asseguradas aos senadores para o exercício do mandato.

Fachin determinou o afastamento de Aécio das funções parlamentares, como votações, participação em comissões e no plenário, após ouvir diálogos gravados pelo empresário Joesley Batista, delator da JBS, em que o senador fala em medidas para frear a Operação Lava Jato.

O ministro também determinou a abertura de inquérito contra o senador por obstrução da Justiça e corrupção.

Essa não é a primeira vez que o Senado descumpre ordem do STF. Em dezembro de 2016, a Casa não cumpriu a ordem do ministro Marco Aurélio Mello para o afastamento do então presidente Renan Calheiros (PMDB-AL).

A decisão acabou derrubada por maioria do plenário, após o Senado recorrer.

Fonte: Estadão

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