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4 de maio de 2024
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No Piauí, 80% dos piauienses se consideram parda ou preta; é o 3º estado do Nordeste

O Piauí é o terceiro estado do Nordeste com maior percentual da população autodeclarada negra. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que 80% da população se considera preta ou parda.

O Nordeste é a região do Brasil com maior percentual de pessoas autodeclaradas pretas. Entre os estados, o Piauí é o 3° com maior número de pretos: 9,1%. O número é inferior à média da população de negros declarados no Nordeste (11,3%) e do país (9,3%). Apenas os estados da Bahia (22,9%) e Maranhão (11,9%), possuem percentual acima da média da região.

Entre os pardos, o Piauí é o segundo maior da região em percentual (70,9%) ficando atrás apenas do estado de Sergipe (71,5%).

O estado também é o 4° em menor percentual de declarados brancos (19,8%). Bahia (18,1%), Maranhão (18,3%) e Sergipe (19,4%) registraram as menores parcelas da região. A média de brancos no Nordeste é de 24,6%.

Pretos e pardos entre os mais pobres

A população mais pobre do Piauí é formada em grande maioria por pessoas pretas ou pardas. Segundo o IBGE, dos 10% da população com menores rendimentos, 86,7% são pretos ou pardos, o maior percentual do nordeste e um dos maiores do país.

O percentual é o segundo maior do país e é próximo a realidade de estados do Norte como o Amapá e Pará. Os dados foram divulgados no estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil. A média do Piauí neste indicador é maior do que a nacional (75%), e do que a nordestina, que registrou 80,5% de pretos e pardos entre a população de menor rendimento.

O resultado do Piauí supera estados como Maranhão (85,1%) e Bahia (82,5%). Ao mesmo tempo, o estudo registrou que entre os 10% mais ricos, ou com melhores rendimentos, 62,5% se declaram pretos ou pardos. Essa realidade é diferente de estados como São Paulo e Rio de Janeiro, em que os apenas os brancos compõem 82,2% e 74,3% do conjunto da população mais rica, respectivamente.

Moradia

O estudo também aponta que as capitais do Nordeste estão entre as que mais registram proporção de pessoas residindo em residências com nível de precariedade. Teresina é a 5ª capital nordestina que registra uma proporção de 17,9% da população preta ou parda nesse tipo de moradia. As capitais com índice mais acentuado são Salvador (36,4%), Recife (27,9%), São Luís (25,5%) e Fortaleza (18,4%).

Fora da região, as cidades com proporcionalidade acentuado, envolvendo pretos e pardos são, Belém (58,2%), Rio de Janeiro (30,5%) e Porto Alegre (26,8%).

Fonte: Valmir Macêdo / CidadeVerde

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