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4 de maio de 2024
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Defesa diz que família de piloto de Marília Mendonça enfrentou luto enquanto sofria perseguição online

Geraldo Medeiros Júnior era o piloto da aeronave que caiu com a cantora Marília Mendonça — Foto: Reprodução/Facebook

O relatório final da investigação sobre o acidente aéreo em que morreu a cantora Marília Mendonça foi recebido com alívio pela família do comandante Geraldo Medeiros, que pilotava o avião. Segundo o advogado e especialista em direito aeronáutico Sérgio Alonso, a família de Geraldo foi vítima perseguição e sofreu represálias nas redes sociais por pessoas que culpavam o piloto pela morte da cantora.

O relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa),da Força Aérea Brasileira, divulgado na segunda (15) concluiu que não houve falha mecânica e apontou que o “julgamento do piloto no momento de aproximação da aeronave para o pouso contribuiu para o acidente” que matou a cantora e outras quatro pessoas em Piedade de Caratinga, na Região do Rio Doce, em Minas Gerais, em 5 novembro de 2021.

“Houve uma avaliação inadequada acerca de parâmetros da operação da aeronave, uma vez que a perna do vento foi alongada em uma distância significativamente maior do que aquela esperada”, diz um trecho do relatório sobre o acidente aéreo.

“A Vitória, filha dele, sofreu cyberbullying, pessoas dizendo que ele, Geraldo, teria assassinado a Marília, uma porção de mensagens. Ela foi muito hostilizada nas redes sociais”, comentou o advogado.

O comandante Geraldo Martins era natural de Floriano, Sul do Piauí, mas morava em Brasília, no Distrito Federal. Ele deixou a esposa e três filhos.

O argumento do relatório, de que o julgamento de Geraldo teria contribuído para o acidente, se baseia no fato de que ele voava em uma altitude “mais baixa do que deveria”. Entretanto, segundo Alonso, o piloto “tentava fazer um pouso mais confortável para os passageiros”.

“Ele prolongou um pouco mais a perna de vento por causa da posição do aeroporto, para não ter que fazer um mergulho, que causaria desconforto nos passageiros”, comentou.

Tragédia em Minas Gerais

Marília Mendonça morreu no auge de sua carreira, em novembro 2021 — Foto: Divulgação

Marília Mendonça morreu no auge de sua carreira, em novembro 2021 — Foto: Divulgação

No dia 5 de novembro de 2021, a aeronave onde viajava a cantora Marília Mendonça bateu em um cabo para-raios de uma linha de transmissão de energia da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que “possuía baixo contraste em relação à vegetação ao fundo”.

O relatório do Cenipa afirma que a colisão do avião contra um cabo de linha de transmissão arrancou o motor esquerdo da aeronave e fez com que os pilotos perdessem totalmente o controle do bimotor, com redução da aceleração ainda durante o voo.

Ao todo cinco pessoas morreram no acidente:

  • a cantora e compositora goiana Marília Mendonça;
  • Henrique Ribeiro, Produtor geral da artista;
  • Abicieli Silveira Dias Filho, tio e assessor da cantora;
  • Geraldo Martins de Medeiros Júnior, o piloto do avião;
  • Tarciso Pessoa Viana, de 37 anos, o copiloto da aeronave;

Fonte: G1-PI

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