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3 de maio de 2024
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Cachorra de família atingida por tragédia é resgatada ilesa após se esconder em guarda-roupa

Cachorra Dora se escondeu no guarda-roupa para fugir de tragédia no Litoral Norte de SP — Foto: Arquivo pessoal/Neide

Após 24 horas da tragédia em São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, a família da piauiense Neide da Silva Paes Landim não tinha esperanças em encontrar a cachorra Dora. O animal da raça Dachshund foi resgatada ilesa após se esconder no guarda-roupa.

Neide contou que o marido decidiu voltar até os escombros da casa, no bairro Barra do Sahy, no dia seguinte ao deslizamento de terra. A tutora de Dora e mais 15 pessoas da mesma família sobreviveram, mas o irmão dela, Ariosvaldo Paes Landim, de 46 anos, morreu soterrado.

“Ela não chorou e não respondia ninguém. Meu marido voltou lá no outro dia, chamou ela e a Dora respondeu. Ela saiu de dentro guarda-roupa do meu irmão. Estava esperando a gente buscar ela”, disse.

Segundo Neide, Dora não estava suja de lama e sem ferimentos. O filho da piauiense ficou feliz em ter a cachorrinha de volta.

Sobrevivente foi retirada de escombros por vizinho

A sobrevivente Neide da Silva Paes Landim contou que foi resgatada dos escombros por um vizinho. Momentos antes da tragédia, ela estava com 30 pessoas reunidas na sua casa, mas alguns familiares saíram antes do deslizamento de terra, enquanto outros ficaram esperando o tempo melhorar.

“No momento não tinha o que fazer, para quem pedir socorro. Eu consegui sair debaixo dos escombros por causa de um vizinho que passou pela minha frente, eu gritei e ele deu com a mão. Quando olhei para o morro estava o resto da família todos lá”, relatou.

Com ajuda, Neide disse que escalou o morro e após caminhar 50 metros, a família dela desceu com ajuda de uma corda. Entre os sobreviventes estão crianças, uma delas cadeirante de 6 anos, e um bebê de 2 anos com traqueostomia.

Após descer o morro, a família de Neide procurou ajuda na casa de uma amiga. Atualmente eles estão alojados na casa do patrão do marido dela. Neide fraturou a clavícula e o pé. Ela e os irmãos são naturais de São Braz do Piauí.

‘Iria morar o resto da vida juntos’

Ariosvaldo Paes Landim, 46 anos, morreu soterrado e a prima Beatriz Farias Macedo desapareceu na tragédia de São Paulo — Foto: Arquivo Pessoal

Ariosvaldo Paes Landim, 46 anos, morreu soterrado e a prima Beatriz Farias Macedo desapareceu na tragédia de São Paulo — Foto: Arquivo Pessoal

Na tragédia, Neide perdeu o irmão Ariosvaldo Paes Landim, de 46 anos, que morreu soterrado. A prima deles, Beatriz Farias Macedo, 26 anos, grávida de três meses, está desaparecida. Ela estava com o marido em outra casa atingida pelo deslizamento de terra.

“O meu irmão era o mais próximo a mim, desde pequena. A gente morava juntos e iria morar o resto da vida juntos. Ele não tinha filhos, mas meu filho era muito apegado a ele”, declarou.

Translado dos piauienses mortos

Aeronaves farão translado de piauienses mortos e sobreviventes em tragédia no Litoral Norte de SP — Foto: Divulgação /Governo do Piauí

Aeronaves farão translado de piauienses mortos e sobreviventes em tragédia no Litoral Norte de SP — Foto: Divulgação /Governo do Piauí

O Governo do Piauí informou que três aeronaves serão utilizadas para realizar o translado dos piauienses que morreram e que sobreviveram após deslizamentos de terra ocorridos devido às fortes chuvas registradas no Litoral Norte de São Paulo no fim de semana. Uma delas já está em São Paulo, a segunda saiu de Teresina por volta do meio-dia desta quarta (22) e a terceira foi uma parceria com a Prefeitura de São Braz do Piauí.

Até o momento, quatro piauienses morreram na tragédia e outros quatro seguem desaparecidos. Entre os mortos, os três são de uma mesma família no município de São Pedro do Piauí, e um é de São Braz identificado como Ariosvaldo Paes Landim, 46 anos.

Fonte: G1-PI

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