Os professores da rede estadual de ensino realizaram, na manhã desta quinta-feira (24), uma manifestação na Unidade Escolar Miguel Lidiano, no Junco, onde deveria acontecer um encontro entre o governador Wellington Dias e sua comitiva para visitarem as obras do referido colégio, que há 10 anos está desativado por falta de reforma.
“Tomamos conhecimento de que o Governador viria inaugurar a escola que espera por reforma há 10 anos. Se pegar o extrato dessa reforma, é possível ver uma grande quantidade de aditivos injetados nela e a quantidade de problemas que vai ficando. Serviço e dinheiro mal gerenciado. Isso é um desrespeito para o alunado, para os professores e para a comunidade”, disse a presidente do Sindicato Regional dos Trabalhadores em Educação do Piauí, em Picos, Gisele Dantas.
O Governador e sua equipe se preparava para um momento de discurso no local, para finalizar a manhã de visitas e entrega de obras quando, ao chegar no colégio, deparou-se com um considerável número de professores manifestando a falta do reajuste salarial.
“Parece que o Governador está com medo de vir para a perto da classe, porque ele está sabendo o que ele está fazendo. O Piauí foi o primeiro estado a prejudicar os aposentados nessa reforma. É uma vergonha para esse governo que se diz que é o Partido dos Trabalhadores e só faz tirar o couro dos trabalhadores, dizendo na linguagem popular. É lamentável o que está acontecendo”, declarou a professora.
Gisele Dantas destacou ainda que há quatro anos a classe não tem seu salário reajustado.
“Estamos há quatro anos sem reajuste salarial. O governo apresentou uma proposta imoral e quando foi na mesa de negociação ele quis negociar o reajuste de 2019. Então a greve continua. Temos direito ao reajuste de 2019, que é 4,17%, ao de 2020 que é 12,84% e ao de 2022 que é 33,24%. Nossa greve é justa e legal. Além dos precatórios do Fundef que temos direito”, afirmou.
O Governador não desceu de seu veículo e seguiu para a cidade de Aroeiras do Itaim, onde também realizaria algumas visitas, deixando os professores sem seu posicionamento quanto à implantação do reajuste salarial.