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28 de abril de 2024
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Vereador Zé Luís diz que eleição da Câmara de Picos não valeu e que Hugo Victor tem de ser preso

Após a eleição para a presidência da Câmara Municipal de Picos, realizada na tarde da quinta-feira, 20 de dezembro, o vereador Zé Luís (PTB) declarou que o presidente do legislativo reeleito Hugo Victor (MDB) descumpriu um mandado de segurança expedido pelo juiz titular da 3° Vara da Comarca de Picos, Geneci Benevides, que determinava a anulação do pleito, dessa forma, no entender do petebista, Hugo Victor deve ser preso. O documento chegou até a sede do legislativo picoense 40 minutos antes da realização da eleição.

Zé Luís afirmou que o juiz foi comunicado minutos depois da realização da sessão e da eleição para a mesa diretora da Câmara Municipal, mesmo contra a determinação judicial, e que Hugo Victor deverá sofrer as consequências conforme a lei. “Já foi comunicado ao juiz pedindo uma multa e prisão dele (Hugo Victor), pois quando se expede um mandado de segurança é pedir para ser cumprido, e ele não cumpriu, cabe agora as medidas judiciais”, declarou.

Zé Luís garante que tomará posse como presidente da Câmara Municipal no dia 1° de janeiro de 2019, uma vez que em junho deste ano foi realizada uma eleição na qual ele foi eleito para o cargo. O vereador argumentou ainda que a sua posse acontecerá porque na semana passada o juiz Adelmar Martins extinguiu o processo que pedia a cassação daquele pleito de junho. O processo foi levantado pelos vereadores da situação.

A eleição

A eleição conduzida pelo vereador Hugo Victor foi rápida. Executou-se o hino do município e os vereadores foram instados a votar na única chapa registrada nesse processo, encabeçada por ele e tendo o vereador Afonso Guimarães, o Afonsinho (PP), como vice-presidente e Wellington Dantas (PT), como primeiro secretário. Ao final, essa chapa recebeu 10 votos dos 15 vereadores.

Os vereadores Zé Luís, Francisco das Chagas de Sousa, o Chaguinha (PTB), e Carlos Luís Nunes de Barros (PSDB), estavam na sessão, mas não votaram. Os dois primeiros deixaram o plenário antes do fim do processo eleitoral. A vereadora Dalva Mocó (PTB) e José de Arimateia Luz, o Maté (PSL), não compareceram a sessão.

A outra versão

Tão logo a eleição foi concluída, o vereador Hugo Victor encerrou a sessão rapidamente, e foi embora. Nossa equipe o procurou para responder as declarações de Zé Luís, mas fomos informados de que ele já tinha deixado a sede da Câmara Municipal sem gravar entrevista com ninguém.

Nós conversamos com o vice-presidente do legislativo, vereador José Rinaldo Cabral Filho, o Rinaldinho (PP). Ele argumentou que durante a realização da sessão essa questão do mandado de segurança foi levantada pelo vereador Chaguinha, ao que Hugo Victor respondeu que estava cumprindo uma decisão do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), que cancelou a eleição realizada pela Câmara Municipal em junho, uma vez que houve quebra do “interstício”, ou seja, o pleito foi realizado menos de dez dias depois da antecipação da eleição ter sido aprovada em plenário.

Rinaldinho disse que a eleição conduzida pela oposição em junho de 2018 foi encenação, e que Hugo Victor deverá assumir o seu quarto mandato consecutivo a partir do dia 1° de janeiro. Rinaldinho disse que não teme um impasse judicial que atrapalhe os trabalhos do legislativo, uma vez que confusões semelhantes já aconteceram antes. “Não é novidade nenhuma, apenas há o direito de cada um procurar as suas providências”, declarou.

Enquanto os dois alegam que são presidentes do legislativo picoense, a única certeza é que mais processos referentes a essa eleição continuarão correndo na justiça.

Com informações e fotos: Jaílson Dias / Folha Atual

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