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6 de outubro de 2024
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Uso excessivo de água da barragem Ingazeira é apurada em Paulistana

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Semar) enviou ontem (20) técnicos para o município de Paulistana, distante 450 quilômetros da capital, para apurar denúncia de que a empresa responsável pelas obras da ferrovia Trans-nordestina estaria retirando, por dia, cerca de 60 carros-pipas de água da barragem Ingazeira, reservatório que abastece mais de 21 mil pessoas na região, localizada no Sudeste do Piauí. A água estaria sendo utilizada para dar andamento à construção da ferrovia, mas o uso excessivo está causando preocupação aos moradores.

Segundo o secretário da Semar, Ziza Carvalho, a denúncia foi feita pela deputada estadual Liziê Coelho (PTB) e confirmada pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), órgão que gerencia a barragem, e que confirmou que o nível da água vem baixando nos últimos meses, estando atualmente com 20% da sua capacidade. Ano passado, o mesmo açude alcançou 100% de sua capacidade em março.

“Nós recebemos a denúncia da deputada Liziê juntamente com de usuários das águas do açude. A denúncia é de que uma das empresas que trabalham na Transnordestina estaria retirando, por dia, 60 carros-pipa de água da barragem. Então nesta segunda-feira nós enviamos os técnicos da Semar para averiguar essa situação e eu também já ligue para o responsável pela área ambiental da empresa e ele ficou de vir para a reunião que estamos marcando com a Comissão Gestora da Barragem. A partir daí nós definiremos quanto, cada um, seja empresa ou usuário comum pode utilizar da água”, esclareceu Ziza Carvalho.

O secretário de Meio Ambiente disse ainda que está em contato com a Agência Nacional de Águas (ANA) para saber se as empresas que trabalham na Transnordestina têm outorga do órgão para retirar um volume tão grande de água da barragem Ingazeiras. Ziza afirmou que da Semar, eles não tem autorização. “Temos que ver se esse uso realmente compromete a barragem, saber se esse volume de água tem outorga da ANA, porque da Semar eles não tem, informou o gestor.

Ainda segundo Ziza Carvalho, geralmente a Transnordestina fura poços nas localidades onde vai construindo novos trechos da ferrovia. “Ali, na região de Itaueira, Simplício Mendes, ela furou 60 poços que foram outorgados pela Semar, só enquanto estava construindo a ferrovia, depois de terminado o trabalho naquele lugar, eles fecham os poços através de entupimento”, explicou o secretário.

O gestor disse também que se comprovadas as irregularidades no uso da água do Inga-zeiras, haverá embargo imediato. “No caso da região de Pau-listana os técnicos foram até lá para ver se a denúncia procede mesmo ou não. E se forem comprovadas, nós teremos que embargar imediatamente essa utilização tendo em vista o volume do açude que está abaixo de 20%”, finalizou Ziza.

 

Fonte: Diário do Povo

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