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27 de abril de 2024
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Uso de camisinha nas relações sexuais cai entre adolescentes, aponta IBGE

Levantamento do IBGE aponta que caiu uso de camisinha entre adolescentes nas relações sexuais — Foto: Pexels

Um levantamento divulgado nesta quarta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que caiu o uso da camisinha entre adolescentes nas relações sexuais nos últimos dez anos.

Segundo os dados divulgados, apenas 59% dos jovens entrevistados na edição de 2019 do levantamento “PeNSE” disseram ter usado camisinha na última relação sexual. Em 2009, esse percentual chegava a 72,5% .

Uso de camisinha por alunos do 9º ano na última relação sexual
Em %72,572,574746363595974,174,162,862,869,169,171,271,253,553,5GeralMeninosMeninas200920122015201950556065707580
Fonte: IBGE

Entre as meninas, a queda foi de 69,1% para 53,5% e, entre os meninos, de 74,1% para 62,8%. O levantamento comparou as respostas de estudantes no 9º ano do ensino fundamental (antiga 8ª série) em escolas públicas e privadas das capitais do Brasil.

Ao mesmo tempo, o percentual de adolescentes que disseram já ter tido relações sexuais passou de 27,9% em 2009 para 28,5% em 2019. Esse índice caiu para os meninos (de 40,2% para 34,6%) e cresceu para as meninas (de 16,9% para 22,6%).

Alunos do 9º ano que já tiveram relação sexual
Em %27,927,930,830,827,127,128,528,540,240,240,940,935,135,134,634,616,916,921,121,119,319,322,622,6GeralMeninosMeninas200920122015201915202530354045
Fonte: IBGE

Entre as capitais, o índice mais alto foi visto em Manaus (45%), e o mais baixo, em Curitiba (16%).

Em 2019, 51,5% dos alunos do 9º ano nas capitais que já tinham tido relações sexuais tiveram a primeira vez com 13 anos ou menos.

A pesquisa “PeNSE” já teve quatro edições: 2009, 2012, 2015 e 2019. O levantamento teve algumas variações de metodologia e amostra ao longo dos anos, mas, desta vez, o IBGE implementou estratégias que permitiram a combinação dos dados das quatro edições da pesquisa, segundo o instituto.

Insatisfação com o corpo e agressão

Também cresceu, na década analisada, o número de estudantes insatisfeitos com o próprio corpo: a proporção dos que se julgavam gordos ou muitos gordos foi de 17,5% para 23%, enquanto a dos que se consideravam magros ou muito magros foi de cerca de 22% para 29%.

O percentual de adolescentes que sofreram agressão física por um adulto da família também aumentou: de 9,4%, em 2009 para 11,6% em 2012 e 16% em 2015.

Mais uso de drogas e álcool, com menos cigarros

A pesquisa também apontou que mais adolescentes passaram a experimentar álcool e drogas, mas menos consumiram cigarros:

A experimentação de bebida alcóolica cresceu de cerca de 53% em 2012 para 63% em 2019. O aumento foi mais intenso entre as meninas, que saíram de 55% em 2012 para 67% em 2019. Para os meninos, o indicador foi de 50% em 2012 para quase 59% em 2019.

Já para as drogas, a experimentação ou exposição ao uso subiu de 8% em 2009 para 12% em 2019.

O uso de cigarros ao menos em um ou dois dias nos 30 dias antes da pesquisa caiu de cerca de 17% em 2009 para 13% em 2019.

Falta de pia e sabão nas escolas públicas

Ainda segundo o levantamento do IBGE, enquanto 98,2% dos adolescentes que estudavam na rede privada tinham pia em condições de uso e com sabão em suas escolas, somente 63,7% dos adolescentes das escolas públicas contavam com isso.

Por outro lado, a quantidade de alunos do 9º ano com acesso à internet em casa aumentou: em 2009, esse percentual era de cerca de 53%; em 2019, quase 94% tinham acesso.

O acesso, entretanto, é diferente entre as capitais conforme as regiões: os menores índices estão no Norte e no Nordeste – principalmente em Teresina, São Luís e Macapá. Já Vitória, Florianópolis e Curitiba tiveram os maiores percentuais de acesso.

Fonte: G1

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