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27 de abril de 2024
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Decreto suspende cerca de 1.500 cirurgias eletivas no Piauí; veja prioridades

Hospital Getúlio Vargas - Foto: Governo do Piauí

Os pacientes que aguardam por uma cirurgia eletiva pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos hospitais da rede estadual de saúde foram surpreendidos, nesta quarta-feira (10), com mais uma suspensão do atendimento no Piauí. Inicialmente, a nova suspensão deverá atingir uma média de 1.500 cirurgias previstas em cinco hospitais em Teresina.

Cidadeverde.com apurou que o Governo do Estado manterá apenas as cirurgias eletivas oncológicas, neurológicas e cardiológicas; além das de regulação, urgência e emergência.  Em Teresina, a suspensão atingirá as cirurgias eletivas previstas para o Hospital Getúlio Vargas, o Hospital Infantil Lucidio Protela, o Hospital da Polícia Militar, Hospital Universitário e Hospital São Carlos Borromeo.

O governador Wellington Dias ao anunciar essa medida relatou que a suspensão das cirurgias eletivas busca aumentar o número de leitos clínicos e das unidades de tratamento intensivo aos pacientes com Covid-19. O Piauí e outros estados brasileiros vivem uma segunda onda da pandemia, com crescente número de casos confirmados e de mortes pela doença. No Piauí, a maior parte dos hospitais privados e públicos está com 100% dos leitos de UTI Covid ocupados.

Com mais de 4 mil pessoas na lista de espera por uma cirurgia, o Hospital Getúlio Vargas (HGV), fará, nesta semana, apenas as cirurgias dos pacientes internados com todos os exames prontos. A partir de quinta-feira (11), o HGV não chamará novos pacientes com cirurgias eletivas que poderão ser remarcadas. Nos meses de janeiro e fevereiro de 2021, o HGV chegou a realizar uma média de 1.200 por mês de cirurgias eletivas e da regulação.

O governador Wellington Dias também anunciou que o Hospital da Polícia Militar (HPM) passará a ser sentinela e atenderá apenas pacientes com coronavírus. O Cidadeverde.com apurou que as cirurgias eletivas programadas para esse hospital deverão ser repassadas aos demais.

“Vamos atender os casos da regulação. A maioria são (pacientes com) fraturas, câncer, aneurismas, tumores. Vamos continuar fazendo (essas cirurgias) porque é um risco para a vida do paciente. Um paciente por exemplo com problema na visão com risco de ficar cego precisa dessa cirurgia. Quem puder esperar, infelizmente, vai esperar. O sistema colapsou”, comenta o diretor geral do Hospital Getúlio Vargas, médico Osvaldo Mendes. A particularidade de cada paciente será analisada.

Após ampliação, os leitos de UTI Covid do HGV ficaram lotados nesta quarta-feira (10). O hospital conta com 50 leitos destinados exclusivamente para o tratamento da doença. Osvaldo Mendes pede que as pessoas respeitem as medidas de distanciamento social, o uso da máscara e façam a higienização das mãos para reduzir a transmissão do novo coronavírus no estado. “Os hospitais estão sufocados. Precisamos da ajuda da população”.

Decreto 

Em coletiva, o governador Wellington Dias reforçou que um novo decreto será publicado especificando a situação das cirurgias eletivas: quais poderão ocorrer – devido a urgência do paciente – e quais situações poderão esperar pelo procedimento.

A decisão, segundo o governador, é para dar fôlego aos hospitais que já estão sem leitos.

Em fevereiro, o Governo do Estado também suspendeu a realização de cirurgias eletivas por 15 dias, sob justificativa de disponibilizar mais leitos os pacientes com Covid-19. O retorno estava ocorrendo de maneira gradual.

Fonte: Carlienne Carpaso / CidadeVerde

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