24.4 C
Jacobina do Piauí
28 de abril de 2024
Cidades em Foco
GeralNordeste em FocoPolítica

“Cepisa foi asfixiada por políticas de governo”, diz sindicalista em 1º depoimento na CPI

Fotos: Thiago Amaral/Alepi

A primeira audiência realizada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Equatorial ouviu o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Francisco Marques. A reunião aconteceu na manhã desta terça-feira (12) e contou com a presença do presidente da investigação, Evaldo Gomes (Solidariedade), e do relator Nerinho (PT).

Em depoimento, Francisco Marques, que integrava o conselho de administração da antiga estatal, disse que a antiga Cepisa foi “asfixiada” por políticas de governo.

Ele também fez uma dura crítica sobre a “obstinação” do setor privado pelo lucro e defendeu que a estatal primava pela qualidade no atendimento. “A Cepisa foi asfixiada por políticas de Governo, pelo próprio marco regulatório. Mas, foi se reestruturando ao longo da história”, declarou.

O sindicalista também assinalou que, após a privatização concretizada em leilão no ano de 2018, ocorreu a crescente terceirização de postos de trabalho na empresa, principalmente do quadro próprio técnico. Dados levados pelo sindicato à CPI apontaram que pelo menos 1,8 mil empregados já foram demitidos desde à época até este ano. Para ele, essa rotatividade tem sido o principal gargalo que tem comprometido a prestação de serviço na empresa.

“Energia elétrica é uma atividade de alto risco e de grande importância. Não se admite que uma pessoa que começa a entender como funciona, começa a entender como funcionam os problemas do estado, passe por essa rotatividade, e a terceirização é isso. Tanto é que a empresa está reconhecendo isso, para reprimarizar e ter novamente um quadro próprio de serviços”, destacou o sindicalista.

O presidente do Sindicato fez ainda um apelo para que seja feita um quadro próprio de funcionários, especialmente na área operacional.

“Outro problema que estamos verificando é a ineficiência de mão de obra, tem muitos locais que estão precisando de mão de obra mais qualificada […] Você não pode ter essa rotatividade no setor operacional”, declarou.

Fonte: Paula Sampaio  / CidadeVerde

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais