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13 de maio de 2024
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Aves mortas no Piauí podem ter contraído a Febre do Nilo Ocidental, diz laudo preliminar

Imagem reprodução video do portal P2

Análises preliminares realizadas na Universidade Federal do Piauí e no Laboratório Central do Piauí detectaram material genético pertencente à família do vírus do Nilo Ocidental em vísceras de aves silvestres que apareceram mortas misteriosamente na cidade de Milton Brandão, no interior do Piauí. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi),  o cérebro de alguns pássaros também mostrava lesões hemorrágicas.

Desde o início deste mês, a morte de milhares de aves nas cidades de Milton Brandão, Juazeiro do Piauí e Buriti dos Montes tem intrigado autoridades em saúde. A coordenadora estadual de Epidemiologia, Maria Amélia de Oliveira Costa, disse ao Cidadeverde.com que ainda é “imaturo” afirmar que a mortandade tenha sido causada pela Febre do Nilo e diz que aguarda o resultado de análises feitas no Instituto Evandro Chagas, em Belém-PA. 

“Os exames apontaram infecção por  flavivírus [ um tipo de vírus] que pode trazer várias doenças, inclusive, a Febre do Nilo. No entanto ainda não podemos fechar, pois o flavivírus tem várias patologias que se assemelham  ao vírus da Febre do Nilo. A gente está aguardando os outros exames do Instituto Evandro Chagas para saber do que elas estão contaminadas”, explica Maria Amélia.

A Febre do Nilo Ocidental (FNO) é uma arbovirose transmitida por meio da picada de mosquitos do gênero Culex. O ciclo biológico do vírus do Nilo Ocidental (VNO) envolve essencialmente aves silvestres, seres humanos e equídeos. Não ocorre transmissão da doença de pessoa a pessoa.

O primeiro caso humano de FNO foi confirmado no Piauí, em 2014. Desde então, casos esporádicos acometendo humanos e um cavalo foram confirmados no estado. Nesta terça-feira (23), equipes da Ufpi, da Epidemiologia e Vigilância Ambiental visitam novamente os municípios para realizar um trabalho de conscientização.

Diante da suspeita de circulação do vírus no estado são necessários alguns cuidados:

– Não manipular animais encontrados mortos (aves ou equídeos) sem luvas de
proteção;

– Não consumir aves encontradas mortas ou de procedência desconhecida;

– Utilizar repelentes de mosquitos;

– Utilizar telas e mosquiteiros nas casas;

– Utilizar roupas de mangas longas e calças compridas nas atividades ao ar livre a
partir do crepúsculo e antes do amanhecer;

– Evitar focos de criadouros de mosquitos.

Fonte: Graciane Araújo / CidadeVerde

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