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28 de abril de 2024
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PT quer atenção especial às 20 maiores cidades do Piauí e vai priorizar candidaturas próprias

O presidente do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) no Piauí, João de Deus, declarou nesta terça-feira (3) que a sigla está empenhada em apresentar candidaturas próprias nos 20 municípios mais populosos do estado para as eleições em 2024. A declaração se deu em um contexto de baixa na busca por nomes próprios com o anúncio da desistência do deputado federal e ex-prefeito Florentino Neto da pré-candidatura à prefeitura de Parnaíba, segunda maior cidade do estado.

“A essa altura do campeonato, com essa decisão do Florentino, praticamente ficou inviável uma candidatura do PT. Nós ainda não sentamos, devemos estar sentando nos próximos dias com a executiva municipal para fazer uma avaliação do quadro e ver como o partido vai se posicionar diante de outras pré-candidatura”, citou.

Segundo João de Deus, das 20 maiores cidades, havia pré-candidaturas próprias do PT em 15. Com a desistência de Florentino Neto, o número reduziu para 14. No entanto, a busca agora é para fortalecer nomes da base aliada.

Pelos cálculos do partido, uma faixa entre 150 e 160 nomes se apresentam como pré-candidatos a prefeito pelo PT em todas as cidades do Piauí. Segundo ele, é uma quantidade considerável, sobretudo ao se observar o resultado das últimas eleições, quando o PT elegeu 22 dos 224 prefeitos no estado.

“O PT hoje, pelos dados, tem cerca de 150 a 160 pré-candidaturas a prefeito. Pela primeira vez na história tem um contingente amplo de pré-candidatos, prefeitos filiados, e muita gente pedindo filiação, inclusive alguns prefeitos. Hoje temos 49 prefeitos, na ultima eleição só elegemos 22, eu tenho dito que isso é muito pouco pra um partido que governa o estado do Piauí há 20 anos, somos o 5º governo, e governamos o Brasil também. Nós estamos com uma força tarefa voltada para eleger o maior número de prefeitos possível”, disse.

João de Deus também reforçou que é pré-candidato a prefeito de José de Freitas, município do entorno de Teresina. Ele conta que o partido faz parte da base do atual prefeito da cidade, Roger Linhares, mas que tem dialogado para colocar seu nome na competição.

“Dentro dessa base, eu coloquei meu nome, a partir do momento em que eu fui provocado por vários líderes. (…) Estou à disposição do partido, tenho dialogado com o governador, já tivemos um diálogo entre o governador e o prefeito, e estamos nessa perspectiva de construção pela importância da cidade”, citou.

O ex-parlamentar citou nomes que o PT deve lançar ou apoiar nas candidaturas em municípios do Piauí. “[Em] Picos, deve apoiar Pablo Santos; Valença, que nunca disputou pra valer, o candidato Leonardo Nogueira está melhor posicionado nas pesquisas. Floriano também nunca disputou pra valer, agora tem o pré-candidato deputado Marcos Vinicius. Então a conjuntura é favorável, em União tem Zé Barros, Altos tem o Warton [Lacerda], Campo Maior, o Paulo Martins, [por lá] tem o fato novo da questão judicial, o próprio vice se aproximou da gente”, mencionou.

DISPUTA EM PARNAÍBA COM DESISTÊNCIA DE FLORENTINO

Pelo menos três nomes estão em disputa pelo apoio da base do governo estadual na eleição da segunda maior cidade do estado. De acordo com João de Deus, o jornalista Hilder Monção, que é filiado ao Solidariedade, tem pedido para ingressar no PT. Além dele, o deputado Dr. Hélio Oliveira, do MDB, que foi candidato na última eleição, também tem pleiteado o apoio do governador. Um nome que foi citado nesta terça (3) pelo deputado federal Florentino Neto é o do ex-governador Zé Filho, que é sobrinho do atual prefeito Mão Santa (União Brasil), reconhecido opositor ao Partido dos Trabalhadores. Mesmo com a ligação familiar, o parlamentar citou que o ex-governador Zé Filho apoiou o governador Rafael Fonteles.

Para João de Deus, a decisão de Florentino é compreensível em virtude das demandas que tem recebido como deputado federal recém empossado. “A posição do Florentino é muito difícil pra ele, qualquer um que tivesse no lugar dele como recém eleito deputado federal e sendo chamado por uma candidatura de um município não é uma coisa muito simples pra você decidir, porque o mandato de deputado federal também você não conquista sem todo um esforço, não é tão simples assim, então ele realmente estava muito dividido”, citou.

Por Roberto Araujo / CidadeVerde

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