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6 de outubro de 2024
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Ministro diz que Fies pode sofrer aumento no valor dos juros

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que o aumento de juros do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é apenas uma das hipóteses atualmente em estudo no Ministério da Educação. Em audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, em Brasília, Janine afirmou que informações concretas sobre aumento dos juros do programa são “especulações”, porque o MEC ainda está em fase de estudos e simulações.

O Fies financia cursos de ensino superior de estudantes brasileiros em instituições privadas. Os juros cobrados atualmente são de 3,4%, e os estudantes só precisam começar a pagar o valor financiado dois anos após concluírem o curso.

“Nós estamos fazendo simulações por computador para ver, com todas as hipóteses, juros, priorização regional… Tanto hipóteses que visam dar mais saúde financeira ao Fies quanto hipóteses que visam dar os melhores cursos aos alunos que deles necessitam. Estamos vendo o que que isso vai dar, para não fazer coisas bonitas em teoria mas que na prática possam eventualmente ter problemas”, afirmou Janine, durante a audiência.

Explosão de gastos
O fato de os gastos públicos com o programa terem se multiplicado nos últimos anos, provocando ajustes para limitar o investimento em 2015, ano de contenção de gastos por parte do governo federal, foi questionado pelos deputados na audiência nesta quarta.

Entre 2009 e 2014, cerca de 1,9 milhão de contratos foram firmados. No primeiro semestre de 2015, outros 252.442 contratos foram fechados. Nos próximos dias, o MEC vai anunciar as datas da segunda edição do Fies, confirmada na noite desta segunda-feira (8), após liberação de novas verbas.

Segundo Janine, ainda não há um número de novos contratos definido para a segunda edição do Fies em 2015, mas a quantidade de vagas não deve chegar à metade dos 252 mil contratos firmados no primeiro semestre. De acordo com dados do MEC, na edição que terminou em abril, 178 mil estudantes iniciaram o processo de solicitação de contrato de financiamento, mas não foram atendidos.

“Se neste ano estamos em crise econômica, isso é um dado da realidade, não tem como evitar isso. Infelizmente, não temos como evitar, temos sim que fazer cortes”, disse o ministro aos deputados federais.

 

Fonte: G1

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