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15 de março de 2025
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Energia Solar: Piauí e mais 10 estados correm risco de apagão por sobrecarga na rede elétrica

Energia Solar - Foto: PMT

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) emitiu um alerta sobre o risco de apagões em 11 estados brasileiros devido à sobrecarga na rede elétrica. O motivo apontado é o crescimento acelerado da geração de energia solar por meio da modalidade de Micro e Minigeração Distribuída (MMGD), composta principalmente por painéis solares instalados em residências e estabelecimentos comerciais. Confira no final da matéria os estados que podem ser afetados.

Atualmente, o Brasil produz 33 gigawatts (GW) de energia nessa modalidade, e a expectativa é que o volume alcance 50 GW até 2029. Esse crescimento, embora positivo para a matriz energética sustentável, tem gerado desafios técnicos. O ONS destaca que o fluxo reverso de eletricidade — quando a energia gerada pelos painéis solares não é consumida e retorna para a rede — pode sobrecarregar as subestações de transmissão e distribuição, aumentando o risco de desligamentos e apagões.

Tradicionalmente, a eletricidade fluía de forma unidirecional, das grandes geradoras até os consumidores finais, passando por subestações. Com a popularização da geração distribuída, esse fluxo se tornou bidirecional, exigindo adaptações na infraestrutura da rede elétrica para evitar sobrecargas e falhas no fornecimento.

Clique aqui e confira o relatório

O alerta consta no Plano de Operação Elétrica de Médio Prazo do Sistema Interligado Nacional (SIN) para o período de 2025 a 2029, divulgado pelo ONS em dezembro de 2024. O relatório aponta que 11 estados da federação estão mais vulneráveis a esse fenômeno.

Confira os estados que podem ser afetados:

Bahia;

Goiás;

Mato Grosso;

Minas Gerais;

Paraíba;

Pernambuco;

Piauí;

Rio Grande do Norte;

Rio Grande do Sul;

Roraima; e

São Paulo.

ONS diz que o sistema elétrico brasileiro é robusto e segue operando com segurança

Por meio de nota enviada à imprensa, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) afirmou que o Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do SIN (PAR/PEL) não aponta risco iminente de apagão no Brasil. O documento, produzido anualmente, apresenta avaliações do desempenho elétrico do Sistema Interligado Nacional (SIN) num horizonte de cinco anos à frente, de modo que a operação futura ocorra com qualidade e equilíbrio entre segurança e custo. O mais recente foi publicado nos canais oficiais do Operador, em dezembro de 2024, e divulgado à imprensa em todo o país.

Confira a nota na íntegra:

Nota de esclarecimento em relação aos estudos do Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do SIN (PAR/PEL)

ONS esclarece que o PAR/PEL não aponta risco iminente de apagão no Brasil

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) esclarece que o Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do SIN (PAR/PEL) não aponta risco iminente de apagão no Brasil. O documento, produzido anualmente, apresenta avaliações do desempenho elétrico do Sistema Interligado Nacional (SIN) num horizonte de cinco anos à frente, de modo que a operação futura ocorra com qualidade e equilíbrio entre segurança e custo. O mais recente foi publicado nos canais oficiais do Operador, em dezembro de 2024, e divulgado à imprensa em todo o país.

O Sumário Executivo do PAR/PEL sinaliza os possíveis desafios operativos e recomendações para fortalecer o sistema elétrico diante da evolução do setor, incluindo o crescimento da geração distribuída e das fontes renováveis. O papel do ONS é antecipar cenários, avaliar impactos e propor soluções para garantir a confiabilidade e segurança do Sistema Interligado Nacional (SIN).

O aumento da geração distribuída e a inversão de fluxo de potência em algumas subestações são fenômenos técnicos mapeados e que estão sendo tratados pelo ONS, que trabalha em conjunto com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Ministério de Minas e Energia (MME) e Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para garantir a modernização da infraestrutura da rede elétrica. O PAR/PEL aponta soluções como reforços na rede de transmissão, aprimoramento dos requisitos técnicos para conexão ao SIN e a instalação de equipamentos que aumentam a segurança e estabilidade do sistema. Essas medidas garantem que o sistema elétrico brasileiro continue operando de forma segura e confiável.

Além disso, o ONS adota medidas operativas que são ações preventivas para mitigar riscos e evitar, por exemplo, sobrecargas em equipamentos, além de outros fenômenos elétricos que possam comprometer a segurança do sistema.

O sistema elétrico brasileiro é robusto e segue operando com segurança, e os desafios apontados no Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do SIN (PAR/PEL) são parte de um processo contínuo de modernização e adaptação do setor. O ONS reforça seu compromisso com a transparência e com a adoção das melhores práticas para garantir um sistema elétrico cada vez mais seguro e eficiente. 

Fonte: O Dia

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