O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi), tem um trabalho único na saúde do estado, atendendo tanto a rede pública quanto a privada dos 224 municípios do Piauí, e por conta disso há uma preocupação constante em manter os estoques de bolsas de sangue.
De acordo com o diretor do centro, Jurandir Martins, nos meses de janeiro, julho e dezembro – períodos de férias – é natural que o fluxo da população nas grandes cidades como Teresina, Floriano, Parnaíba e Picos – que têm hemocentros – diminua. E com isso, diminui também o número de doações.
Para expandir o número de doadores e assegurar que o banco de bolsas de sangue do estado possa suprir sua necessidade, o Hemopi realiza ações que facilitem o ato de cidadania das pessoas. “Nós buscamos sempre parceria com a população. Desde segunda-feira (20/07) estamos com uma equipe de coleta externa na região de Bom Jesus, realizando uma grande campanha de doação de sangue e cadastro de doadores de medula óssea. A ação vai até sexta-feira (24/07)”, explica Jurandir.
O órgão também realiza planos de contingenciamento para essas épocas em que ocorre uma baixa no estoque. “Nossa preocupação é para que nesses períodos possamos continuar oferecendo o mesmo serviço. Acho que o simples ato de doar sangue e salvar uma vida é muito gratificante”, comenta o diretor do Hemopi.
CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO
O número de bolsas que o Hemopi pode armazenar, segundo Jurandir, é relativo. Isso por conta da destinação diária de sangue para os hospitais. “No interior abastecemos cerca de 25 agências transfusionais, que se situam nos hospitais regionais de maior porte. Nossa necessidade é diária e constante”, lembra. Atualmente são realizadas em média cinco mil doações por mês, onde são coletadas cerca de 500 ml de sangue em cada.
PREVENÇÃO DE RISCOS
Devido uma determinação do Ministério da Saúde, parte do sangue coletado em cada doação é destinada ao estado do Ceará, no Hemoce, para realizar exames específicos com o intuito de diminuir a janela imunológica e a possibilidade de passar doença para o receptor. Depois de enviado, pode demorar até dois dias para ser liberado, e só então se torna apto para ser usado.
O exame ainda não é realizado no Piauí. “Esse exame foi implantado em 2014 e por ser de grande custo, o Ministério da Saúde elegeu localizações que fossem instalados. No Nordeste quem faz é o Ceará. Em breve pode ser instalado um laboratório aqui”, conclui Jurandir Martins.
Fonte: O Olho