Cirurgiões, anestesistas e pediatras ameaçam parar os serviços no Hospital Regional Justino Luz, no município de Picos, devido à falta de pagamentos. Um grupo de médicos fez denuncia ao CRM (Conselho Regional de Medicina) avisando a instituição que estão três meses sem receber salários. O hospital passa por interdição ética após fiscalização do CRM.
O presidente do Conselho Regional de Medicina, Emmanuel Pontes, classificou como uma situação “gravíssima” a do hospital Justino Luz.
O hospital atende em média 5.500 atendimentos por mês com atuação em 15 municípios e é entidade de referência na região.
“O governo não está tomando uma atitude e há um descaso com a população”, disse o presidente.
Em vistoria, o Conselho flagrou que inexiste os requisitos mínimos para a prática do ato médico, colocando em risco a vida dos pacientes e deixando os médicos e demais profissionais vulneráveis e sem condições ideais para o exercício de suas profissões.
Foram encontradas falhas estruturais na Urgência e Sala de Emergência, o Centro Cirúrgico, Enfermarias e Unidade de Terapia Intensiva – UTI.
Segundo o presidente, até agora o hospital não construiu a sala do centro cirúrgico, nem aumentaram o número de anestesistas.
“Já era para ter feito. O governo está dando resposta vaga e diz apenas que está fazendo licitação”, disse o presidente.
Ele ressalta que a interdição total do hospital só causaria mais problemas para a população.
“Há uma dificuldade de interdição total, porque não existe outro hospital que atende pelo SUS. A interdição só é possível se a justiça autorizar os serviços serem feitos por hospital particular do município”.
O Cidadeverde.com entrou em contato com assessoria da Secretaria Estadual de Saúde e aguarda posição do órgão.
Fonte: Flash Yala Sena / Cidade Verde