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17 de maio de 2024
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Julgamento de acusado de estuprar e assassinar estudante de jornalismo na UFPI será em agosto

Thiago Mayson teve a prisão decretada suspeito de ter matado a estudante de jornalismo na UFPI. — Foto: Reprodução Rede Social

O julgamento do estudante de mestrado em matemática Thiago Mayson da Silva Barbosa, de 28 anos, foi marcado para o dia 17 de agosto. Ele é acusado pelo estupro e assassinato da estudante de jornalismo Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, na Universidade Federal do Piauí. A informação foi confirmada ao g1 pelo Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI).

O julgamento iniciará às 8h30 e foi marcado pela juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina.

No dia 5 de abril, Thiago Mayson passou por audiência de instrução. A sessão foi dirigida pelo juiz Antônio Nolêto. Além do acusado, foram ouvidas as testemunhas de defesa e acusação.

O que se sabe sobre o crime?

O estupro e assassinato da estudante de jornalismo, Janaína Bezerra da Silva, de 22 anos, completou cinco meses. A jovem foi morta dentro de uma sala de estudo do curso de matemática da Universidade Federal do Piauí (UFPI) na madrugada do dia 28 de janeiro, durante uma calourada.

A Justiça do Piauí aceitou a denúncia contra o estudante de mestrado. O processo foi distribuído semana passada e correrá na 1ª Vara do Tribunal do Júri. O mestrando Thiago Mayson Barbosa, de 28 anos, está preso desde o flagrante, na Cadeia Pública de Altos.

A Justiça converteu a prisão em flagrante para preventiva durante audiência de custódia ocorrida um dia após o crime, no dia 29 de janeiro. Com a prisão do suspeito, o inquérito foi concluído em nove dias, a denúncia foi feita pelo Ministério Público no dia 14 de fevereiro, sendo aceita pela Justiça no dia 17.

O acusado foi citado pela Justiça no dia 24 de fevereiro, tornando-se réu pelos crimes praticados contra Janaína.

Caso Janaina Bezerra

CONFIRA A CRONOLOGIA DO CRIME AQUI.

Thiago Mayson alegou que viu Janaína na calourada e que a convidou para uma sala do mestrado em Matemática. Segundo ele, a jovem aceitou o convite e os dois mantiveram relação sexual consentida. Confira o depoimento dele e de testemunhas clicando aqui.

Pouco tempo depois, o processo que apurava a morte da estudante universitária foi posto em segredo de justiça.

Conclusão do inquérito

Após a conclusão do inquérito policial, Thiago Mayson foi indiciado pelo crime de homicídio duplamente qualificado. O indiciamento também inclui os crimes de estupro, vilipêndio de cadáver (violência após a morte) e fraude processual, já que foi constatado que o suspeito tentou ocultar provas do crime.

As qualificadoras para o crime de homicídio são formas de somar outros crimes na acusação para aumentar a pena. No caso de Thiago Mayson, dois pontos foram considerados agravantes: emprego de meio cruel (já que ela morreu em decorrência de uma asfixia em que teve o pescoço quebrado) e por feminicídio (considerando a condição de mulher da vítima).

A delegada Natália Figueiredo, responsável pela investigação do caso, revelou que Thiago Mayson praticou violência sexual contra a estudante quando a jovem já estava morta. Ele chegou a fazer fotos da vítima durante o estupro, enquanto ela sangrava.

Revolta e indignação

O estupro e morte de Janaína Bezerra gerou revolta e indignação aos estudantes e professores da UFPI. Dois dias após o crime, no dia 30 de janeiro, alunos, professores, servidores, amigos e familiares da vítima se reuniram em protesto. Centenas de pessoas compareceram ao ato que aconteceu em frente à reitoria da instituição. Com cartazes, os manifestantes demonstraram revolta pelos crimes praticados contra a jovem.

No mesmo dia, foi realizada uma vigília na UFPI. Bastante emocionada, a mãe de Janaína, Maria do Socorro Nunes, cobrou por justiça pela morte da filha.

No dia 31 de janeiro, estudantes da UFPI e representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) ocuparam a reitoria da instituição. Os estudantes pediam o posicionamento do reitor Gildásio Guedes sobre o caso de Janaína Bezerra.

Fonte: G1-PI

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