Recentemente, dezenas de pessoas no Piauí contraíram Micose Pulmonar ao tentar capturar Tatu, tendo assim contato com o fungo presente no solo próximo à toca do animal. Três dessas pessoas morreram e duas pessoas estão na UTI em tratamento. A informação é do Ibama.
O costume de consumir carne de caça não é exclusivo da região Nordeste. Em todo o Brasil, pessoas comem carnes de animais silvestres, como o Tatu, mas não imaginam os riscos a que estão se submetendo.
Pesquisas mostram que o Tatu é reservatório de inúmeras doenças, entre elas Hanseníase, Leishmaniose e Doença de Chagas. E o risco não está somente em comer a carne do animal, mas também nos atos de caçar ou criar o bicho.
Além de tatus, papagaios, por exemplo, carregam consigo uma bactéria que pode causar um problema respiratório nos seres humanos, principalmente em crianças e idosos. Já quem tem contato com micos e macacos correm o risco de contrair Raiva.
Répteis, como Iguanas e Jabutis, também merecem atenção. Esses animais eliminam em suas fezes a bactéria Salmonela, que em contato com humanos pode causar de uma diarréia até quadros graves cardíacos e neurológicos.
O especialista do Ibama de Teresina, Fabiano Pessoa, ressaltou a importância do trabalho educativo e falou do projeto “Liberdade e Saúde- Animais Silvestres Livres: Pessoas Saudáveis”. A iniciativa, nascida no Piauí em 2008, é referência nacional e serviu de base para o lançamento da Campanha Nacional do Ministério do Meio Ambiente e da Campanha de Combate ao Tráfico de Animais Selvagens do Conselho Federal de Medicina Veterinária.
Fonte: EBC