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13 de dezembro de 2024
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Empresário é preso ao prestar depoimento no DHPP sobre morte da esposa no Piauí

Foto: Bárbara Rodrigues

A delegada Nathalia Figueiredo, responsável pelo Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), esclareceu que a prisão do empresário Eliésio Marinho aconteceu devido inconsistências observadas pela investigação entre o que disse ele disse no primeiro momento e as provas encontradas no corpo da vítima.

A delegada afirmou que o empresário disse em depoimento que a esposa Kamila Carvalho do Nascimento havia colocado a arma na cabeça e feito o disparo, mas o laudo cadavérico comprovou que o tiro foi a longa distância.

 “Na madrugada, foi realizada a perícia, estamos ainda no aguardo dos laudos. Porém, existem algumas inconsistências. Então, através da análise do laudo cadavérico, nos trouxe que o disparo veio a longa distância. Então, não se enquadra muito com a tese que veio do companheiro dela, que ela teria ceifado a própria vida. Eu reitero que é uma prisão temporária, ou seja, tem um viés investigativo, alguns pontos ainda têm que ser esclarecidos. Estamos no aguardo do laudo de local de crime, temos 30 dias para finalizar o inquérito, podem haver a possibilidade de prorrogação”, afirmou.

A delegada ainda explicou que o tiro foi a cerca de 40 cm de distância. “Segundo o laudo, teria sido um disparo realizado a cerca de 40 centímetros. Então, a gente não vê muito sentido em um disparo realizado pela própria vítima”, destacou.

O empresário saiu do DHPP por volta das 11h50 aos prantos, e chegou a falar: “me desculpe”. Depois ele foi encaminhado ao IML. A delegada Nathalia ainda ponderou que as investigações continuam, principalmente sobre a arma ter sido encontrada travada.

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A delegada informou que ainda vai ouvir o advogado que esteve na residência, primeira pessoa com quem o empresário entrou em contato após o disparo da arma de fogo. Esse mesmo advogado chegou a alegar que teria sido um policial militar que travou a arma do crime, e por isso, os policiais que foram ao local também serão ouvidos.

O empresário já tinha passagem pela polícia por porte de arma de fogo. A arma do crime não estava registrada em seu nome, mas a delegada disse que ele informou que era usada por ele e que a esposa sabia onde guardava, mas não manuseava.

Ela disse ainda que a investigação está no começo e que não há informações sobre um desentendimento do casal. “Ele não narrou um conflito anterior com a vítima, mas a gente não pode entrar muito em detalhes em relação a isso, pois está transcorrendo e algumas pessoas ainda serão ouvidas”, relatou Nathalia Figueiredo.

Matéria Original 

O empresário Eliésio Marinho foi preso enquanto prestava depoimento nesta segunda-feira (23) no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sobre a morte de sua esposa Kamila Carvalho do Nascimento, de 22 anos, na última sexta-feira (20), que levantou suspeitas.

A vítima foi encontrada caída no chão, ao lado da cama, com uma faca na mão e uma pistola ponto 40 próxima ao seu corpo na residência do casal no bairro Aeroporto, na zona Norte de Teresina.  Foi o advogado do empresário que acionou a Polícia Militar e informou sobre a ocorrência. O empresário já tinha saído do local com a filha do casal.

Agora o caso está sendo investigado pelo Núcleo de Feminicídio do DHPP, comandado pela delegada Nathalia Figueiredo, que apura se foi um caso de suicídio ou um homicídio.

A defesa informou que procurou o DHPP no dia do crime, mas não encontrou a delegada. Nesta segunda-feira foi o primeiro depoimento do empresário, no qual a polícia esperava esclarecer vários pontos.

Um deles é sobre a arma encontrada, que estava próxima ao corpo, travada, o que levantou suspeitas, pois deveria estar destravada após o disparo. A defesa do empresário alega que foi um policial militar, que ao chegar na residência, travou a arma. Destacou ainda que o caso não se trata de um crime de homicídio.

O resultado da perícia da arma ainda não saiu. Mais depoimentos do caso ainda estão sendo colhidos pelo DHPP.

Por Bárbara Rodrigues / CidadeVerde

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