As vendas no comércio brasileiro apresentaram crescimento de 1,9% em janeiro deste ano, quando comparado ao mesmo mês do ano passado.
Treze das 27 unidades federativas apresentaram resultado positivo, com destaque para os Estados do Espírito Santo (+ 9,6%), Santa Catarina (+ 8,4%) e Mato Grosso (+ 7,6%). O Piauí, por outro lado, apresentou o pior resultado do mês, com queda de 6,9% nas vendas. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (14), pelo IBGE.
Na comparação janeiro (2019) x dezembro (2018), a queda nas vendas do Piauí foi menor, de 0,5%.
Mas o fato mais preocupante é que nos últimos três meses todos os resultados comparativos com o ano anterior apontaram para queda nas vendas e os números têm registrado piora gradativa:
Novembro: -3%
Dezembro: -5,5%
Janeiro: -6,9%
As quedas consecutivas estão refletindo negativamente no acumulado dos últimos 12 meses até janeiro. Nesse período, a queda nas vendas é de 1,6%.
Em relação à receita nominal de vendas do comércio, o mês de janeiro representou queda de 0,4% em relação ao mês anterior e de 4,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Nos últimos 12 meses até janeiro, a variação continua positiva, em 0,6%.
Foto: Arquivo / Revista Cidade Verde
Fevereiro também deve ter queda
Para o vice-presidente do Sindicato dos Lojistas no Piauí, Leonardo Viana, o alargamento da folha de pagamento dos servidores do Estado e a alta de impostos são fatores que têm contribuído para a queda nas vendas.
“O Piauí depende muito da folha de servidores. Não há incentivo à indústria e às empresas. Isso prejudica muito a economia. Temos a questão dos terceirizados também, que estão em número reduzido, recebem o salário com atraso, e a questão dos impostos. Vários impostos são criados e reajustados e isso consome o poder de compra das pessoas”, argumenta o lojista.
Leonardo acrescenta que o começo do ano é mais complicado porque em janeiro os pais precisam comprar material escolar e em fevereiro, a semana do carnaval é perdida.
“Fevereiro com certeza registramos outra queda. Acho que só vamos começar a nos recuperar em abril, não vai ser do dia para a noite, porque isso já vem de quatro anos. E as ações do novo governo só devem ser sentidas a partir do 2º semestre. Até lá, as pessoas estão se readaptando”, acredita o vice-presidente.
Até a recuperação começar, as empresas tentam atrair os consumidores com descontos e promoções.
Fonte: CidadeVerde