Pouco antes do início da audiência de instrução e julgamento, na manhã desta sexta-feira (27), houve um princípio de tumulto entre a família do prefeito eleito Manoel Portela, assassinado em 1996, e a defesa do acusado de matá-lo, Cícero Branco. O juiz Antônio Noleto, que preside a audiência, acionou a polícia e ameaçou a todos de prisão.
A confusão teve início com a entrada do advogado de defesa, Tiago Vale, que é sobrinho do mandante de matar o prefeito eleito em Aroazes, Bernardone Vale, que foi condenado no ano de 2010 a 13 anos de reclusão.
A família da vítima se mostrou revoltada com a situação e foi necessária a intervenção do juiz. Por pouco não houve agressão física entre as partes.
O promotor Regis Marinho é o responsável pela acusação. Segundo ele, a argumentação do Ministério Público está baseada na investigação, que ele considera “muito bem feita”. O responsável pela apuração do caso foi o delegado Francisco Costa Baretta, que hoje presta depoimento como testemunha.
A morte do prefeito eleito ocorreu no dia 11 de dezembro de 1996. O crime, segundo as investigações policiais, teve motivação política. Bernadone queria que o irmão, derrotado nas eleições municipais, assumisse a prefeitura no lugar do prefeito eleito, Manoel Portela. O delegado teria pago R$50 mil ao suposto executor, Cícero Godoi, conhecido como Cícero Branco.
Cícero Branco é acusado de executar o prefeito eleito Manoel Portela (foto: Maria Romero)
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Acontece na 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí, a audiência de instrução do caso do prefeito eleito de Aroazes, Manoel Portela, em 1996. Vinte anos após o crime, será julgado Cícero Branco, acusado de ser o executor do prefeito.
O filho da vítima, Manoel Portela Filho, disse que aguarda que Cícero tenha o mesmo destino de Bernardone Vale, delegado e irmão do segundo colocado nas eleições municipais no ano do crime. Em 2010, Bernardone foi condenado como mandante do crime a quinze anos de prisão. E, hoje, lotado no Instituto de Identificação de Teresina cumpre pena no regime semiaberto. O segundo colocado foi Manoel da Costa Vale.
“Esperamos que a justiça seja feita. No início demos prioridade para acompanhar o julgamento do mandante. Então, agora queremos que Cícero Branco seja condenado. Tanto tempo depois é doloroso reviver tudo isso e ainda sentimos a dor e a saudade”, disse Manoel Filho.
Flash Maria Romero
Da Redação Carlienne Carpaso
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Filho da vítima, Manoel Portela Filho (foto: Maria Romero)
Fonte:CidadeVerde