Ciclofaixa no meio da pista: governo inaugura trecho de rodovia após mudança para a lateral

Foi entregue também trecho da PI-140, que faz a ligação da cidade à São Raimundo Nonato. O investimento foi de R$ 5.823.077,08, conforme o Departamento de Estradas e Rodagem (DER)

Na ocasião, o governador falou a importância do trecho principalmente para os produtores do cerrado piauiense. As vias se tornam uma alternativa para desviar o tráfego para quem vem de Floriano ou Itaueira com destino a Elizeu Martins ou São Raimundo Nonato.

“Canto do Buriti é referência na produção de melão, sendo um dos maiores produtores do Brasil. Aqui tem uma empresa âncora, a Fazenda Itaueira Agropecuária, que gera mais de mil empregos diretos no município, alavancando o desenvolvimento econômico e social da região”.

Foram entregues ainda na ocasião o aeródromo com pista de 1,2 km, e orçado em R$ 1.983.745,09; a Unidade Escolar Nonato Valente passou por uma intervenção na estrutura física; três escolas de ensino médio de Canto do Buriti terão a jornada ampliada para se tornarem tempo integral e a Delegacia Seccional de Canto do Buriti, com uma área construída de 401,68m2 e investimento de R$ 648.382,90.

Além da remoção da ciclofaixa para a lateral da pista, segundo o DER, o projeto incluiu ainda a pavimentação asfáltica no trecho e um passeio calçada nas laterais emelhorias na drenagem (sarjeta, meio fio, entrada e saída de água) e a sinalização vertical e horizontal.

O trecho vai desde a entrada da PI-141, entre Canto do Buriti e Eliseu Martins, até a entrada da PI-140, entre Canto do Buriti e São Raimundo Nonato, e faz um desvio para que os condutores não precisem passar por dentro do trecho urbano de Canto do Buriti.

Em agosto de 2023, a ciclofaixa chamou atenção nas redes sociais. A pista é composta por quatro faixas de rolamento, sendo duas em cada sentido. A ciclofaixa ficava entre as quatro faixas, separando a estrada. Conforme o projeto, de 2013, a obra custou mais de R$ 6 milhões, com extensão de mais de 10 km.

O DER informou que o local passava por obras e entre as mudanças o deslocamento da ciclofaixa para a lateral da estrada estava planejada.

Conforme o engenheiro e professor Kidner Próspero, a norma de trânsito não proíbe esse tipo de ciclovia, mas nesse caso era necessário que houvesse as “defensas”, barreiras entre os veículos e os ciclistas.

Os ciclistas de Canto do Buriti contaram na época que já não usavam o espaço por medo de acidente, por considerarem o trecho arriscado.

“Na lateral da pista seria mais interessante. A gente já tem o hábito de pedalar na faixa da direita, no mesmo sentido dos carros. O padrão seria esse”, comentou o ciclista Mailson Carvalho.