A possível aproximação entre o Progressistas e o governo do presidente Luiz Inácio Lula Silva (PT) começa a levantar questionamentos sobre como essa aliança pode impactar o cenário político no Piauí. O deputado federal Francisco Costa (PT) avaliou que, no plano nacional, o Progressistas já atua como parte da base de sustentação governista, mas ressaltou que os reflexos no estado ainda são incertos.
Segundo o parlamentar, há a necessidade de avaliar, primeiramente, a diferença entre as articulações nacionais e estaduais. Apesar do Progressistas ser um dos principais partidos de oposição ao PT no Piauí, liderado pelo senador Ciro Nogueira, Francisco Costa acredita que o contexto federal pode abrir espaço para um novo diálogo, especialmente devido à necessidade de composições políticas para viabilizar a governabilidade.
“Como o presidente Lula não elegeu do seu lado, do seu grupo político, voto insuficiente, tem que fazer composição. Então tem que fazer composição, especialmente com os partidos de Centro, como exemplo o Partido Progressistas. Então vejo isso aí [nova aliança] sem maiores dificuldades. A possibilidade disso gerar uma aproximação no estado do Piauí eu acho que é só o futuro que dirá”, disse.
No Congresso, o Progressistas ocupa espaço estratégico na gestão Lula, comandando o Ministério do Esporte, chefiado pelo deputado federal André Fufuca, e sob influência direta do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
“Entendo que a nível nacional o Partido Progressistas, eu já o considero da base do governo Lula, pelo menos na Câmara. Nós temos, sob a condução do presidente Arthur Lira, no partido, tem o ministério que é o dos Esportes, no qual é conduzido por um deputado federal do Progressistas. Os Progressistas, na sua maioria, tem votado nas pautas importantes do governo, tem votado com os projetos do governo, então considere: o que se dialoga é a possibilidade de ampliar essa base de aproximação. Eu vejo isso perfeitamente como natural porque o governo só consegue implementar o seu plano, o seu programa, se ele tiver uma base de sustentação no Congresso Nacional, tanto na Câmara quanto do Senado”, concluiu.
Fonte: O Dia