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8 de maio de 2024
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Apicultura do Piauí pretende exportar 7 mil toneladas de mel em 2023

Abelha / Mel / Foto: Freepik

O mel produzido do Piauí é o terceiro maior produto da pauta de exportação do estado, sendo superado apenas pela soja e milho, e representa atualmente cerca de 36% das exportações. Com os incentivos do governo do Estado, novas perspectivas surgem para o setor de apicultura, que neste ano de 2023 espera exportar 7 mil toneladas de mel.

Em 2022 foram exportadas quase 7 mil toneladas de mel para o mercado internacional. As exportações do produto e seus derivados geraram ano passado mais de R$ 100 milhões de reais para a economia do estado.

O diretor de Projetos para os Territórios do Semiárido, da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF), Francisco das Chagas Ribeiro, o “Chicão”, informou que hoje o Piauí possui mais de 10 mil apicultores. “Atualmente no Estado temos 10 cooperativas apícolas ativas, uma Central de Cooperativas Apícolas e várias cooperativas mistas que também trabalham com apicultura”, conta o gestor.

Segundo ele, a produção anual de mel gira em torno de 9 mil toneladas por ano. “Nos 5 primeiros meses do ano, quando se concentra as colheitas, nos aproximamos das 4 mil toneladas de mel produzidas no Estado”, ressalta Chicão. Os principais mercados do mel orgânico do Piauí são a Comunidade Europeia, principalmente Alemanha, Inglaterra e Itália. Os Estados Unidos e Canadá também são importantes consumidores do mel piauiense.
A Cooperativa Mista dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (Comapi) e a Cooperativa de Desenvolvimento do Vale do Rio Piracuruca (Codevarp) têm Selo de Inspeção Federal (SIF), o que também acontece com a Central de Cooperativas (Casa Apis). Várias outras cooperativas estão em processo de obtenção do selo.

A Codevarp, de Piracuruca, tem SIF para a produção da apitoxina (veneno da abelha) comercializado para o mercado farmacêutico e recebeu apoio da SAF, através do Programa de Geração de Emprego e Renda no Meio Rural (Progere). Várias outras cooperativas e associações estão diversificando a produção para pólen e própolis, com apoio do Governo, através SAF e Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Segundo Chicão, várias indústrias do ramo de cosméticos adquirem mel e outros produtos das abelhas para suas linhas de produção. As gigantes Natura, Boticário e Avon são exemplos dessas indústrias que adquirem mel e outros produtos apícolas do Piauí.

A Casa Apis e a Comapi têm o selo estadual e federal. Além do SIF, elas possuem vários outros selos de qualidade, a exemplo da Codevarp, de Piracuruca que também já possui SIF, embora não use ainda. Todas as outras cooperativas ainda precisam de organização e adaptações para obter os selos de qualidade e garantir bons espaços no mercado.

A renda média dos apicultores está girando em torno de dois salários mínimos mensais e a maioria deles desenvolve ainda outras atividades produtivas que combinam com a apicultura. Várias cooperativas estão em processo de organização e formalização, principalmente as que se originam de Associações de Apicultores.

Da Redação / CidadeVerde

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