A redução de líderes de oposição na política do Piauí não é fato recente, mas vem se agravando sob a recente gestão do governador Rafael Fonteles. A crise ficou evidente nesta quinta-feira (1º) no momento em que o deputado estadual Marden Menezes (Progressistas), um dos principais rostos oposicionistas nos últimos 20 anos — são seis mandatos de deputado estadual –, apareceu aderindo à pré-candidatura de Fábio Novo (PT) a prefeito de Teresina.
Mesmo sem a presença de Rafael Fonteles (PT) na solenidade de anúncio, o próprio Marden se encarregou de explicar que seu apoio a Novo o leva naturalmente para a base do Palácio de Karnak.
Não teria como fazer um movimento de reconstrução de Teresina que une diversas lideranças, não viria fazer parte desse movimento e ficar contra um pilar desse movimento que é a boa gestão do atual governador Rafael Fonteles. Isso é uma consequência lógica
“Vamos precisar de todos, de todo mundo mesmo, de homens e mulheres que realmente querem reconstruir a cidade. Marden é um deputado de seis mandatos, que atua fortemente da Alepi. É uma liderança em Teresina, teve sete mil votos na capital e pode contribuir muito com esse projeto”, disse.
A deputada Bárbara do Firmino (Progressistas), eleita pela oposição liderada por Ciro Nogueira e com um discurso contra o PT, realizou em outubro do ano passado o mesmo movimento de Marden. Ela abandonou sua pré-candidatura à prefeita de Teresina, deixou a oposição e anunciou apoio ao petista Fábio Novo. Por consequência, a ex-deputada Lucy Soares, mãe de Bárbara, se aproximou do governo.
Outros nomes conhecidos na oposição estão no radar das articulações da pré-candidatura de Novo. O presidente do PSDB e ex-deputado estadual Luciano Nunes tem conversas avançadas com Fábio pode ser o próximo a esvaziar o grupo de oposição.
Fonte: O Dia