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27 de abril de 2024
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Vítima no Piauí escapou do golpe da selfie por estar com o nome “sujo”

Foto: Polícia Civil

O golpe da selfie causou um prejuízo inicial de R$ 500 mil a bancos, que financiaram os veículos, e negativou o nome de, pelo menos, 15 pessoas no Piauí. O nome da fraude faz alusão ao modus operandi do grupo criminoso que fazia uma foto das vítimas, que estavam em busca de um emprego, com o argumento de que seria para o crachá da empresa. Contudo, a oferta de trabalho não existia e a imagem juntamente com documentos pessoais eram usados indevidamente para financiar automóveis.

O coordenador da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), delegado Humberto Mácola, conta que as vítimas só percebiam que haviam caído em um golpe quando tentavam fazer algum crediário ou consultavam o Serasa, por exemplo, e eram surpreendidas com o nome vinculado ao financiamento de veículos.

O delegado cita que uma das vítimas atraídas pela falsa oferta de emprego só conseguiu escapar porque estava com o nome “sujo”.

“Um caso foi bem interessante. Os criminosos pegaram toda a documentação e quando foram tentar fazer o financiamento, por o nome da vítima estar sujo, não foi aprovado. A vítima entrou em contato com os criminosos perguntando pelo emprego e disseram que não tinha dado certo. Por essa vítima estar com o nome sujo, acabou se livrando do golpe. Já os outros que estavam como o nome limpo na praça, com o score muito bom juntos às empresas, acabaram caindo no golpe”, detalha Mácola.

Nesta quinta-feira (18), quatro suspeitos foram presos e o quinto alvo identificado conseguiu fugir para Portugal. A Interpol deve ser acionada. “Estava sendo muito procurado pelas vítimas, tinha uma loja na avenida Miguel Rosa que foi fechada de forma bem rápida e ele desapareceu de onde morava, de onde trabalhava. Foi para o Ceará e de lá para Portugal”, explica o coordenador da DRCI.

Ele acrescenta que o golpe da selfie já vem sendo praticados em outros estados, inclusive em São Paulo, por entregadores de aplicativo. Humberto Mácola faz um alerta para que a população só compartilhe documentação pessoal e fotos com pessoas ou empresas de confiança.

A investigação da Polícia Civil do Piauí será compartilhada com órgãos de Segurança de outros estados. Mais criminosos devem ser presos e o número de vítimas pode ser ainda maior.

Até o momento dez veículos foram apreendidos e cerca de 15 pessoas lesadas. “Os carros erão apreendidos pela Justiça à espera da financiadora, do banco, ou da vítima lesada”, finaliza o delegado.

Fonte: Graciane Araújo / CidadeVerde

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