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13 de junho de 2025
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Ponte Metálica precisa de manutenção e situação é “preocupante”, diz Crea-PI

Divulgação

Ponte Metálica, que liga as cidades de Teresina (PI) a Timon (MA), apresentou sinais de desgaste durante uma inspeção realizada pela comissão de engenheiros do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (Crea-PI). O relatório, divulgado nesta terça-feira (18), aponta a necessidade de manutenção na estrutura.

A inspeção, que comparou o projeto original da ponte com sua situação atual, revelou uma série de problemas, incluindo corrosão avançada nos elementos de apoio e desgaste nas estacas do Pilar 4. De acordo com o Crea-PI, o elemento de apoio sofre com a perda de concreto, o que exige aplicação de pintura com reforço para evitar mais danos. Além disso, a proteção de concreto do Pilar 4, que deveria proteger contra a corrosão, foi desgastada ao longo do tempo e perdeu sua eficácia.

Pedro Marques, engenheiro e vice-presidente do Crea-PI, enfatizou que, embora a empresa FTL, responsável pela concessão e manutenção da ponte, já tenha apresentado um plano de ação, a situação é preocupante e exige manuntenção urgente. “É preciso que a manutenção seja feita o quanto antes. A situação já é uma realidade e, por isso, fizemos o alerta”, disse Marques. Ele também reforçou a importância de instalação de um sistema de monitoramento para avaliar a estabilidade da ponte e detectar possíveis problemas futuros.

O relatório do Crea-PI será enviado aos Ministérios Públicos Federal e Estadual, além do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), já que a Ponte Metálica é tombada como patrimônio histórico. O Ministério Público, após receber o relatório, poderá acionar a empresa FTL para que sejam tomadas as devidas providências.

A recomendação é de que sejam realizados testes para verificar a espessura e a estabilidade da ponte, além de um monitoramento contínuo para garantir que a estrutura não apresente indicativos de falhas graves. O Crea-PI destacou a importância da colaboração entre a concessionária e os órgãos responsáveis para garantir a segurança e a preservação da ponte, que é um ponto crucial de ligação entre os dois estados.

“O nosso trabalho é dar suporte a esses órgãos. Nós recebemos algumas denúncias e, a partir disso, fazemos as devidas provocações para que os órgãos ou empresas apresentem seu plano de manutenção e as inspeções. Nosso foco é verificar se estão sendo feitos os trabalhos técnicos que devem ser realizados”, afirma Pedro.

A ponte, que também possui uma linha férrea, é de responsabilidade da empresa FTL, concessionária federal encarregada da sua operação e manutenção. A recomendação do Crea-PI é para que a concessionária realize as intervenções necessárias com a maior brevidade possível, a fim de garantir a segurança dos usuários e a preservação da estrutura.

“A empresa apresentou um plano de ação, relatórios e controles internos existentes, enquanto nós apresentamos nossos relatórios preliminares. Eles receberam as informações e concordaram com as conclusões. Por fim, fizemos algumas recomendações, destacando a necessidade de manutenções e reparos em certas estruturas”, finalizou.

Confira os problemas apontados no relatório:

O relatório de inspeção detalhou problemas em duas partes específicas da estrutura da ponte, chamadas de “apoios P4 e P6”. A inspeção focou principalmente nesses dois pontos da ponte, observando falhas na construção e na manutenção ao longo do tempo.

Problemas encontrados:

  1. Pilar P4: Foi identificada uma falha na construção, especialmente no revestimento de concreto que protege as estacas (suportes) do pilar. Também foi notado que a erosão do rio Parnaíba, embaixo da ponte, está piorando, o que pode afetar ainda mais a estrutura da fundação.
  2. Pilar P6: Aqui, o problema é com o aparelho de apoio metálico, que deveria evitar a corrosão. A falta de manutenção adequada causou a deterioração dessa parte metálica.

O relatório alerta para a necessidade de uma intervenção rápida para garantir a segurança da ponte. Como as fundações podem estar comprometidas devido à erosão do rio e ao desgaste das estacas, é importante começar a monitorar a situação imediatamente. Caso as condições piorem, especialmente durante o período de cheia do rio, pode ser necessário interditar a ponte para evitar acidentes.

Recomendações:

  1. Recuperação e reforço: Deve ser feito um projeto para recuperar e reforçar as partes da ponte que estão comprometidas (P4 e P6).
  2. Monitoramento: É essencial começar um sistema de monitoramento imediatamente para acompanhar qualquer mudança nas condições da ponte e tomar ações preventivas se necessário.

A conclusão principal é que, sem esses reparos e monitoramento, a segurança da ponte pode estar em risco, especialmente se o rio Parnaíba subir durante as chuvas, o que pode piorar a situação.

 Do O Dia

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