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5 de maio de 2024
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Índice de desmatamento ilegal no Cerrado reduz 59% no Piauí, destaca Semarh

A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) divulgou na manhã desta quarta-feira (13), os resultados das operações de combate ao desmatamento do bioma Cerrado no Piauí. De acordo com os dados, o índice de desmatamento ilegal reduziu 59% no estado.

As informações foram repassadas durante o Seminário Cerrado Vivo, realizado no Centro de Educação Ambiental (CEA), em celebração ao Dia do Cerrado, comemorado em 11 de setembro.

Segundo o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí, Daniel Oliveira, em contrapartida a redução do desmatamento, 80% das supressões vegetais, que é a retirada de uma parcela de vegetação dentro de uma área de um imóvel rural destinada a diversos usos, que aconteceram em 2023, foram autorizadas pelo órgão ambiental competente.

“Hoje qualquer área que tem supressão vegetal no estado do Piauí ela é monitorada 24h por satélite. Antes o monitoramento por satélite demorava 60 dias para a catalogação das imagens. E hoje, essas imagens são feitas in loco instantaneamente e com o monitoramento 24h”, destacou o secretário.

Com o monitoramento em tempo real, Daniel Oliveira ressalta que será possível multar os produtores rurais que não tiverem a autorização para realizar a supressão.

“A partir deste monitoramento por satélite instantaneamente nós lançamos também a possibilidade de se fazer multas e embargos diárias de forma virtual. Então, aconteceu a irregularidade, você checa se aquela supressão vegetal tem ou não uma licença. Se tiver licença, ok. Se não tiver, faz-se o embargo remoto, encaminha-se, abre-se o de fiscalização, vai a equipe em vistoria, comunica-se também as instituições bancárias para que aquele empreendedor não tenha mais acesso a crédito tendo em vista a ilegalidade daquela operação”, pontua.

O secretário destacou ainda uma parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para não autorizar crédito aos empreendedores que estão irregulares.

“É algo que está sendo coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, a partir de uma relação que o MMA firmou com a Febraban, então a orientação hoje todos os bancos é checar se os empreendedores estão ou não com áreas embargadas ou com infrações ambientais para que não tenha acesso a crédito”, destaca.

Daniel Oliveira acrescentou também que o desmatamento ilegal está ligado com a grilagem de terras e anunciou a entrega de kits de brigada aos municípios piauienses para ajudar no combate aos incêndios.

“Normalmente o desmatamento ilegal está associado a grilagem de terras, eles caminham lado a lado. O grileiro normalmente é o mesmo que faz o desmatamento ilegal. Hoje nós vamos estar integrando mais dez kits de brigada para os municípios no evento e isso reforça a necessidade do suporte para essas ações e além disso, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar tem atuado para coibir e reduzir as queimada e punindo quando as queimadas são criminosas”, disse.

Sobre o redução do desmatamento ilegal no Cerrado, o secretário da Semarh ressaltou que as operações e integração entre órgãos foram essenciais para o resultado positivo.

“Nós lançamos a operação Cerrado Vivo I e Cerrado Vivo II. A integração das instituições Semarh, Polícia Civil, Polícia Militar e os órgãos federais de natureza ambiental foi bastante significativo para a eficiência dessas ações de fiscalização e o terceiro fator é o monitoramento hoje por satélite”, finalizou.

Por Rebeca Lima  / CidadeVerde

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