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27 de abril de 2024
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Empresa paralisa obras no Piauí após protesto contra trabalhadores com Covid-19

A empresa Andrade Gutierrez e o consórcio Linhão BA-PI decidiram paralisar as atividades das obras de linhas de transmissão entre os estados da Bahia e do Piauí após represália e protesto contra os 34 trabalhadores assintomáticos que testaram positivo para a Covid-19 na cidade de São Raimundo Nonato (PI). As obras estão paradas temporariamente desde sexta-feira (29). A Polícia Militar chegou a escoltar o caminhão com os trabalhadores.

“Diante da preocupação popular demonstrada em regiões contempladas pelas obras de linhas de transmissão do consórcio Linhão BA-PI, a Andrade Gutierrez e o consórcio responsável receberam autorização do Grupo Equatorial (cliente do projeto) para paralisar as atividades temporariamente”, informou a empresa.

Andrade Gutierrez ressalta que “apesar de o empreendimento ter aprovação das autoridades de saúde para funcionamento e também respaldo legal, a construtora e o consórcio vêm conversando com as respectivas prefeituras e com o cliente ao longo da semana. A paralisação das atividades ocorrerá nos canteiros das cidades de Buritirama (BA), Campo Alegre de Lourdes (BA), Pilão Arcado (BA), Dirceu Arcoverde (PI), Dom Inocêncio (PI) e Lagoa do Barro (PI)”.

Inicialmente, a paralisação será de 15 dias, a contar da data de 29 de maio de 2020, com desmobilização dos funcionários por 30 dias.

“Todos os que testaram negativo para a doença serão acompanhados pelo consórcio para suas cidades de origem e estão sendo orientados a cumprirem isolamento em suas residências, de forma preventiva. Já os funcionários que apresentaram diagnóstico positivo para a Covid-19 vão seguir cumprindo quarentena com atenção médica nos alojamentos do consórcio. A construtora e o consórcio ressaltam que o isolamento não coloca em risco a população local, uma vez que as instalações têm amplo espaço e todos os cuidados estão sendo adotados”

“Cabe destacar que as prefeituras se mostraram abertas a dialogar sobre a questão e explicaram seus anseios à construtora e ao consórcio. Além disso, a medida de paralisação também foi tomada visando a integridade física dos colaboradores, uma vez que populares usaram de violência nos últimos protestos, inclusive com uso de armas”, diz a nota.

A Andrade Gutierrez e o consórcio lamentaram a postura violenta de populares, que de “nada contribui para a resolução de um problema de saúde pública”.

A nota também ressalta que os seus “funcionários são um extrato da sociedade, estão exercendo suas profissões e trabalhando pelo país, portanto merecem respeito e acolhimento de todos. Por fim, a empresa e o consórcio reforçam que suas obras seguem todos os padrões de higiene e segurança, com realização de triagem diária de saúde das equipes, adequação dos ambientes de trabalho e ampla comunicação preventiva”.

Fonte: Carlienne Carpaso / CidadeVerde

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