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16 de junho de 2024
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ClimaTHE24 vai discutir estruturas para preparar cidades às mudanças climáticas

João Henrique

O secretário municipal de Planejamento e Coordenação, João Henrique Sousa, deu mais detalhes sobre a programação da 2ª Conferência do Clima, o ClimaTHE24, que acontece entre os próximos dias 27 e 29 de maio no auditório do SESC Cajuína. As informações foram dadas em entrevista ao Jornal do Piauí desta quinta-feira (23),

O evento, organizado pela Agenda Teresina 2030 em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam), reunirá gestores e especialistas de todo o país para compartilhar experiências e discutir os desafios para tornar as cidades mais resilientes e adaptadas às mudanças climáticas.

“Serão três dias de discussão sobre o clima em que vamos envolver não só Teresina, mas o Brasil de forma geral. Discutiremos estruturas para as cidades estarem preparadas para eventos climáticos extremos, como houve agora no estado do Rio Grande do Sul”, citou o gestor.

Com mais de 400 pessoas já inscritas no ClimaTHE24, a previsão é que o número de participantes da segunda edição do evento supere a de 2023. “O número de participantes será muito grande, diria que o triplo do que tivemos na primeira edição do evento”, avalia João Henrique.

Programação

Serão dois dias de palestras e sessões com especialistas de todo o país trazendo as experiências e relatando os desafios que têm buscado ultrapassar para tornar suas cidades mais resilientes e adaptadas a essa realidade. A abertura do evento terá a presença de diversas autridades, como o prefeito Dr. Pessoa (MDB), secretários municipais e Rodrigo Perpétuo, secretário Executivo do ICLEI América do Sul.

Logo em sequência, a Palestra Magna abordará o tema “Oportunidades de Ação integrada de Biodiversidade e Clima nos Governos Locais do Nordeste” e deverá ser ministrada pelo vice-prefeito de Fortaleza/CE, Élcio Batista, e pelo ex-secretário de Clima de Niterói/RJ, Luciano Paez, que foi o primeiro secretário de Clima do Brasil. Também haverá uma sessão com o tema “Instrumentos de Financiamento para Biodiversidade e Ação Climática Local”.

O objetivo é apresentar exemplos exitosos de governos locais, bem como o olhar das agências de fomento sobre os projetos financiáveis dos governos. Participarão Karla Lima, secretária de Meio Ambiente de São Luís/MA; Welison Silveira, Secretário de Meio Ambiente de João Pessoa/PB; André Luís Souto Souza, gerente do Departamento de Desenvolvimento Urbano, Cultura e Turismo do BNDES; e Ricardo Soares, gerente Executivo de Negócios da Superintendência Estadual do BNB. Os especialistas dos ministérios do Meio Ambiente e das Cidades tratarão das metas globais estabelecidas nos acordos entre nações para o clima.

O tema “Da COP 16 à COP 30: O Cumprimento das metas globais de Biodiversidade e Clima nas Cidades Nordestinas” será tratado sob a moderação de Rodrigo Perpétuo, secretário Executivo do ICLEI América do Sul, e discutirão sobre o tema Salomar Mafaldo, coordenador geral de Cidades Sustentáveis do Ministério do Meio Ambiente e Antônio da Costa e Silva, diplomata piauiense representante do Ministério das Cidades.

O mesmo tema será também abordado por representantes dos municípios: João Henrique Sousa, secretário Municipal de Planejamento e Coordenação de Teresina; Roberto Asfora Filho, Vereador do Brejo da Madre de Deus; e José Armando Moura Moraes Júnior, secretário de Meio Ambiente de Serra Talhada. Também estará presente Guilherme Ponce, analista de Sustentabilidade do CDP América Latina, organização sem fins lucrativos que mobiliza investidores e governos com o intuito de acelerar ações para o desenvolvimento sustentável.

No segundo dia de evento, haverá a mesa redonda “Conjuntura Atual e Abordagens Inovadoras do Mercado de Carbono”, visando apresentar e discutir os principais desafios regulatórios enfrentados pelo mercado de carbono, incluindo questões de padronização, transparência, verificação e prevenção, com a participação de Tiago Görski, prefeito de Santiago/RS, Luciano Paez, ex-secretário de Clima de Niterói/RJ e Karla Godoy, secretária Executiva de Sustentabilidade de Pernambuco/PE.

O tema “Justiça Climática: O Desafio da Adaptação em Territórios Vulneráveis”, terá moderação de Rafaella Viana, representante Institucional do ICLEI Brasil, com discussões de Luana Silva, Oficial da UNFPA/ONU; Ana Paula Dugaich – Fundadora da Allma Hub; Thayse Silva, analista ambiental da Secretaria de Meio Ambiente de Jaboatão dos Guararapes/PE; Déborah Luisa, gerente de Biodiversidade da I Care Brasil; Rhavena Madeira, co-fundadora do Instituto Filhas do Sol; e Gabriela Rodrigues, internacionalista da Agenda Teresina 2030, representando a Comissão em prol da Justiça Climática de Teresina.

Um dos principais temas em discussão no mundo, no Nordeste, não é diferente. A sessão “Biodiversidade em Foco – Desafios diferentes, ações conjuntas”, terá o objetivo de reunir especialistas para uma troca de aprendizados sobre os desafios e oportunidades entre os diferentes atores sobre os impactos das mudanças climáticas na biodiversidade nordestina, compartilhando experiências de sucesso e desafios enfrentados na região. A moderação ficará sob a responsabilidade de Gil Scatena, gerente Técnico Regional do ICLEI e estarão em debate Shélyda Raiane Rodrigues Machado, gerente de Planejamento e Projetos da SEMAM; Eduarda Souza, coordenadora de Monitoramento e Controle do Programa de Desenvolvimento Socioambiental de Sobral/CE; Maria Thereza, secretária de Meio Ambiente de Contagem; Alan Lemos, secretário de Meio Ambiente de Aracaju; Manoel Ávila, secretário de Serviços Públicos e Sustentabilidade de Caruaru e Déborah Luisa, gerente de Biodiversidade da I Care Brasil.

E, para fechar este dia de programação, haverá a sessão “Outros mecanismos espaciais eficazes de conservação (OMECs): Estratégias e diretrizes de implementação”, com a finalidade de apresentar as estratégias e diretrizes de implementação das OMECs do Brasil como forma de atingir a meta 30×30 do Acordo Global de Kunming-Montreal. A moderação será feita por Rafaella Viana, representante Institucional do ICLEI, com debates entre Salomar Mafaldo, coordenador geral de Cidades Sustentáveis do MMA; Gil Scatena, gerente Técnico Regional do ICLEI América do Sul; Leonardo Madeira, coordenador da Agenda Teresina 2030; Welison Silveira – Secretário de Meio Ambiente de João Pessoa/PB; e  ngela Guirao, assessora Técnica da Secretaria Municipal do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade de Campinas/SP e Williams Gomes – Secretário de Meio Ambiente de Timon/MA.

O terceiro dia do ClimaTHE24 será dedicado à apresentação de iniciativas locais para o enfrentamento e adaptação de Teresina aos eventos extremos de chuvas e calor. As autoridades e gestores participarão de uma visita técnica por obras já realizadas pela Prefeitura da capital.

Realidade
A crise climática já é uma realidade e ameaça a sobrevivência no planeta. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), os centros urbanos atualmente são responsáveis por mais de 70% da emissão global de gases de efeito estufa. Dessa forma, os governos locais têm buscado meios para desenvolver suas estratégias de enfrentamento, optando por caminhos mais sustentáveis, através do diálogo e colaboração com a iniciativa privada, organizações da sociedade civil e outros níveis de governo para orquestrar uma visão de futuro que priorize o desenvolvimento socioeconômico descarbonizado.

Piauí
Outro fator relevante é o surgimento de regiões áridas no Piauí, assim como no restante do Nordeste brasileiro, ele está intrinsecamente ligado a uma combinação de fatores geográficos, climáticos e oceânicos, mas principalmente antrópicos, que moldaram o ambiente dessa vasta região ao longo de milênios. A posição geográfica da região, próxima à linha do Equador, sujeita-a a altas temperaturas durante todo o ano. Além disso, a irregularidade das chuvas, aliada a fenômenos climáticos como o El Niño, que periodicamente intensifica a seca na região, tem perpetuado as condições áridas e semiáridas que desafiam a vida e o desenvolvimento humano nesses territórios. Este panorama climático é resultado de uma complexa interação de fatores naturais ao longo do tempo, refletindo a vulnerabilidade da região às variações climáticas globais e locais.

Resiliência
Diante desse cenário, a adoção de medidas de mitigação e adaptação torna-se crucial para preservar a biodiversidade no nordeste brasileiro. Iniciativas que promovem a adoção de soluções baseadas na natureza, equitativas, circulares, centradas nas pessoas e o desenvolvimento de baixo carbono podem contribuir para enfrentar os desafios impostos pela mudança climática. A integração de políticas ambientais eficazes, aliada à participação ativa das comunidades locais, exerce um papel essencial para garantir a proteção da biodiversidade e promover a sustentabilidade no contexto desafiador dos municípios nordestinos.

Fonte: CidadeVerde

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