O centenário grupo cultural Samba de Cumbuca do Quilombo Volta do Campo Grande, município de Campinas do Piauí, sertão do estado, se apresentou em Parnaíba dia 10 de novembro de 2024. Foi a primeira vez que o Samba rural da Volta marcou presença no litoral piauiense.
Samba de Cumbuca Volta do Campo Grande
O Samba de Cumbuca do Quilombo Volta do Campo Grande tem em sua ancestralidade grandes sambistas que já fizeram a sua passagem: João de Hermenegildo, Ernestino, Seu Mel e Seu Minga. Recentemente o grupo sofreu duas grandes perdas: Dona Maria de Mel e Domingo.
Mas ainda assim o grupo persiste na luta de sua continuidade. As atividades do Samba da Volta foram retomadas a partir de 2021, com o incentivo dos pesquisadores Eduardo Pontin e Francsica Sousa. Hoje o grupo é liderado por Inácio de Minga e por Jaqueline, casal linha de frente do Batuque.
Em Parnaíba, estiveram também o veterano dançador Gildão e o jovem e promissor Francimar. Além de Jaqueline, as dançadeiras que apresentaram o sapateado do Samba de Cumbuca aos parnaibanos foram Cilinha e Nita. Nos tambores e enfrentando o Samba estavam Véi Toim Barqueiro e Auri.
Patrimônio Vivo do Piauí
O Samba de Cumbuca do Quilombo Volta do Campo Grande é Patrimônio Vivo do Piauí, reconhecimento dado pelo Governo do Estado. Fora isso, o Samba da Volta vem sendo estudado junto ao IPHAN para se tornar Patrimônio Cultural Brasileiro, juntamente a outros batuques do Piauí.
Parnaíba
O evento é uma iniciativa do Sesc Caixeiral de Parnaíba e compõe a programação da Aldeia Sesc Guará de Dança, que começou dia 8 e vai até o dia 16 de novembro. O Samba de Cumbuca da Volta se apresentou na Praça do Amor 2 e despertou o interesse dos parnaibanos, que a todo momento paravam para ver e admirar aquela expressão cultural tão forte e tão marcante. Muitas jovens da cidade entraram na roda do Samba para peneirar junto a Gildão, Francimar, Inácio, Jaqueline, Nita é Cilinha.
Iniciativas como esta proporcionada pelo Sesc tornam o Samba de Cumbuca do Quilombo Volta do Campo Grande ainda mais forte. A ancestralidade não morre nunca.
Fonte: Ascom
