36.2 C
Jacobina do Piauí
17 de maio de 2024
Cidades em Foco
DestaqueGeralPiauí

Rafael Fonteles confirma investigação para apurar aumento indevido do combustível no Piauí

Governador Rafael Fonteles

O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), informou nesta terça-feira (3) que será realizada investigação para apurar o aumento indevido do combustível em todo o país. O pedido de fiscalização foi feito pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, ao secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous.

O ministro contesta o reajuste mesmo após o presidente Lula ter assinado a Medida Provisória nº 1.157, que prorrogou por 60 dias a isenção dos impostos PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol. Para o diesel, biodiesel e gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha), a desoneração será até o fim de 2023.

“Foram mantidas do mês passado pra esse mês as mesmas condições. Inclusive vi que vai haver uma fiscalização e nós aqui no estado iremos contribuir também pra essa fiscalização, pra entender o que que está havendo pra não prejudicar o consumidor. Então isso é uma fiscalização que nós vamos fazer constantemente para garantir que o preço cobrado na bomba seja o preço justo com base na legislação”, declarou Rafael Fonteles.

Em Teresina, o aumento foi percebido de forma significativa. Em vários postos de combustíveis, a gasolina que custava R$ 4,99 passou a R$ 5,49 praticamente de um dia para outro.

A isenção de impostos federais, nos prazos propostos pela MP, vale também para a importação desses produtos. É uma forma de não prejudicar os importadores, já que parte dos combustíveis vendidos no Brasil vem de fora.

Embate no governo

A continuidade da desoneração de impostos federais sobre combustíveis gerou divergências antes mesmo do governo eleito tomar posse.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, queria que a desoneração acabasse no ano passado. Ele chegou a pedir para a equipe econômica do governo Bolsonaro que não publicasse nenhuma medida prorrogando o benefício tributário.

Com a volta da cobrança dos impostos, o governo poderia arrecadar quase R$ 53 bilhões neste ano. Haddad contava com esse dinheiro para ajudar a compensar parte da gastança com as promessas de campanha.

Porém, o senador Jean Paul Prates, indicado pelo governo para presidir a Petrobras, e nomes como Gleisi Hoffmann (presidente do PT) e Miriam Belchior (secretária-executiva da Casa Civil do terceiro governo Lula) pediram que a desoneração fosse estendida.

Eles manifestaram preocupação com a subida de impostos já no dia 1º de janeiro, caso a extensão não fosse formalizada. A decisão final coube ao presidente Lula, que bateu o martelo pela continuidade da desoneração na última sexta-feira (30). A MP foi assinada por Lula no domingo (1º), no Planalto, após ele tomar posse como presidente no Congresso.

Fonte: G1-PI

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais