O número de matrículas na educação especial da educação básica no Piauí apresentou um crescimento expressivo entre os anos de 2022 e 2024. Segundo dados do Censo Escolar 2024, divulgados na quarta-feira (9) pelo Ministério da Educação (MEC), o estado registrou um aumento de 44,21% no número de estudantes matriculados nessa modalidade de ensino nos últimos três anos, passando de 27.999 em 2022 para 40.378 em 2024.
Com um total de 40.378 alunos matriculados na educação especial em 2024, os dados revelam a seguinte distribuição por tipo de deficiência ou condição específica: 48% são estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), 44% com deficiência intelectual, 6,9% com deficiência física, 2,0% com deficiência auditiva e 0,7% com surdez.
A pesquisa, conduzida anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em parceria com secretarias estaduais e municipais de educação, escolas públicas e privadas, traça um panorama detalhado da educação básica em todo o país.
Dados gerais da educação básica no Piauí
Além do crescimento na educação especial, o Censo Escolar 2024 mostra que o Piauí possui cerca de 830 mil matrículas na educação básica. A maioria está na educação regular, com aproximadamente 716 mil alunos, incluindo 155 mil na educação infantil (64 mil em creches e 91 mil na pré-escola), 430 mil no ensino fundamental e 130 mil no ensino médio. O estado também conta com cerca de 100 mil matrículas na educação profissional e 88 mil na Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Quanto à localização, a maior parte dos estudantes está na zona urbana, com cerca de 654 mil matrículas, enquanto a zona rural responde por aproximadamente 174 mil.
Investimentos em educação especial
Para acompanhar esse avanço nas matrículas e garantir melhores condições de ensino, o Governo do Piauí anunciou em março deste ano um investimento de R$ 49 milhões em um novo programa voltado para a inclusão educacional. O Programa de Educação Especial Inclusiva é uma parceria entre a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e a Secretaria de Estado para Inclusão da Pessoa com Deficiência (Seid).
O objetivo do programa é promover o acesso e a permanência com aprendizagem de alunos com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades ou superdotação nas escolas da rede estadual. As ações previstas incluem a universalização de salas de recursos multifuncionais, a alocação de professores especializados em Atendimento Educacional Especializado (AEE), formação continuada para profissionais, acompanhamento pedagógico e a construção ou ampliação de centros de AEE.
De acordo com o secretário estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência, Mauro Eduardo, o programa pretende criar uma escola adaptada a diferentes públicos. “É importante que este programa possa chegar a todos os alunos com deficiência matriculados nas escolas estaduais, que é uma das metas do governador Rafael Fonteles”, afirmou o secretário.
Fonte: O Dia
