Uma seleção brasileira sem questionamentos. É impossível encontrar um time que não seja alvo de palpites ou dúvidas dos torcedores, mas a equipe que deu o tricampeonato mundial de futebol ao Brasil pode ser considerada perto do que se é considerado à prova de críticas. O time montado por Zagallo conquistava a Copa há exatos 45 anos, com um triunfo inquestionável sobre a Itália na Cidade do México.
A goleada por 4 a 1 no estádio Azteca foi o ápice de uma campanha que transformou um time em lenda. A equipe não era perfeita, mas poderia ser apontada como tal. A seleção brasileira contava com craques como Rivellino, Tostão, Gérson, Clodoaldo, Carlos Alberto e Jairzinho. Pelé, o maior de todos, completava o elenco estrelado.
A final contra a Itália, que valia a posse definitiva da taça Jules Rimet, foi palco para um show do Brasil. Ainda que o primeiro tenha terminado empatado, com Pelé abrindo o placar de cabeça e Boninsegna empatando para os italianos, a superioridade verde e amarela ser confirmada no placar era questão de tempo.
Uma preparação física irretocável dava o fôlego necessário ao time diante de condições pouco favoráveis. A altitude e o calor mexicanos – os jogos foram realizados por volta do meio-dia, exigência da TV – deixaram os italianos em apuros. O Brasil sobrava em campo.
E a vitória aconteceu de maneira épica. Após o intervalo, o Brasil dominou todos os cantos do gramado mexicano. Com gols de Gérson, Jairzinho e Carlos Alberto, a seleção selou a goleada por 4 a 1.
O Brasil foi campeão vencendo todos os seus jogos – foram seis vitórias em seis jogos, 19 gols a favor e sete contra. Um time memorável que teve a honra de ter confirmado o Brasil como o primeiro tricampeão do mundo.
O que se viu a seguir no estádio Azteca era o reconhecimento imediato do que a seleção brasileira fez para o futebol. Milhares de torcedores invadiram o gramado para tocar, falar ou até mesmo tirar peças do uniforme dos atletas brasileiros. Eles fizeram o necessário para ter seus nomes na história. De um lugar que ninguém ousaria questionar.
Fonte: UOL