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1 de maio de 2024
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Grupo discute criação de canal para denúncias de violência de gênero na UFPI

Universidade Federal do Piauí (UFPI) — Foto: UFPI

O Grupo de Trabalho (GT) criado pela Universidade Federal do Piauí (Ufpi) após a estudante de jornalismo Janaína Bezerra ser estuprada e morta após uma calourada no campus de Teresina, deve apresentar um protocolo para o enfrentamento à violência de gênero em toda a instituição de ensino.

A professora Edna do Nascimento, presidente do GT, explicou que´o grupo já recebeu algumas sugestões acerca da criação de um novo canal de denúncias na Universidade. A medida seria uma alternativa à Ouvidoria, que não registrou nenhuma notificação de casos relacionados a violência de gênero no âmbito da UFPI.

“A Ouvidoria não tem denúncias. Isso é porque, na avaliação do GT, há subnotificações e o silenciamento das mulheres. Vamos precisar fazer uma campanha para que as mulheres saibam que existe esse canal de denúncia. Também vamos dialogar para pedir que a Ouvidoria dê celeridade para esses processos”, pontuou a docente.

“A Ouvidoria não tem esses dados. Ela nos informou que fez uma pesquisa de todas as denúncias e não tem dados nenhum nesse sentido. Essa informação é importante porque a nossa comunidade não conhece nossa Ouvidoria, não sabe onde buscar e fazer as denúncias”, completou a professora.

O GT, que irá construir um documento para transformação de uma ferramenta de ação de enfrentamento às questões relacionadas a violência de gênero, se reuniu pela primeira vez na semana passada. Na ocasião, o grupo organizou uma agenda de trabalho com uma série de ações e encaminhamentos.

Dentre os procedimentos iniciais, enviou-se solicitações para todas as unidades, campus de sede e colégios tecnológicos da UFPI também colaborem com o GT. “Essa contribuição é no sentido de criarem suas próprias comissões, para discutir quais são os problemas principais que precisam ser enfrentados”, destacou Edna do Nascimento.

Na próxima terça-feira (14) o grupo fará sua segunda reunião e ampliação da composição do GT com representantes estudantis, técnicos, docentes e de grupos de pesquisas da UFPI sobre violência de gênero. O grupo também está alinhando a realização de uma audiência pública aberta a sugestões da comunidade em geral.

“Ao final, iremos produzir uma resolução, uma norma interna da Universidade, para colocar todos os pontos, as precauções, a questão da prevenção, de como recorrer, da educação e comunicação. Essa resolução vai precisar ser sistematizada e paralela a ela iremos produzir uma cartilha com as informações ao estudante”, concluiu a presidente do GT.

Fonte: Breno Moreno / CidadeVerde

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