25.7 C
Jacobina do Piauí
15 de janeiro de 2025
Cidades em Foco
EducaçãoGeralInternacional

Fundeb e arrecadação de impostos permitiram ampliar investimentos na Educação Brasileira

Divulgação/Semcom

Foi divulgado nesta quarta-feira (13) o Anuário Brasileiro da Educação Básica, produzido pelo programa Todos Pela Educação. Tendo como base dados do IBGE e do Ministério da Educação, o anuário mostra que o Brasil aumentou em 23% os investimentos para a educação básica em 2022. Naquele ano, o país investiu R$ 490 bilhões na Educação. O valor é referente aos investimentos da União, Estados e Municípios. De 2013 a 2022, os investimentos do governo na Educação cresceram 8%.

A maior parte dos recursos investidos na Educação vieram do Fundeb, que é o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica. E foi justamente a Educação Bsica a área que mais recebeu investimentos. O Ensino Infantil, Ensino Fundamental e o Ensino Médio receberam a maior parte dos recursos: mais de R$ 360 bilhões, cerca de 74% do total de investimentos do ano.

Para Ivan Gontijo, gerente de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação, o Fundeb e a arrecadação fiscal foram os grandes impulsionadores do aumento nos investimentos.

“Na educação você tem recursos vinculados, então quando sobe a arrecadação, que foi o que aconteceu também nesses últimos três anos, o gasto com educação também sobe, porque tanto o governo federal quanto os estados e municípios têm que gastar um percentual da sua receita resultante de impostos em manutenção e desenvolvimento do ensino. O Brasil melhorou muito no financiamento educacional, mas ainda existem bastante possibilidades de melhorias porque a gente ainda gasta por aluno um valor bem abaixo da média dos países mais ricos e que têm melhores resultados de aprendizagem no PISA”.

No comparativo com outros países, o gasto médio por aluno na educação básica no Brasil foi de cerca de U$ 3.500 por ano em 2020, enquanto a média entre os países da OCDE, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, era de U$ 10.900. Na América Latina, o Brasil esta a frente do México, que gastou cerca de U$ 2.700, mas abaixo de países vizinhos como a Argentina e o Chile, onde a quantia foi de U$ 6.700.

Ivan Gontijo defende que além do aumento de recursos disponíveis para a educação, o país precisa também melhorar a gestão do dinheiro.

“Tem dois desafios aqui. Tem o desafio de aumentar a quantidade de recursos disponíveis para a educação, na medida que tem muitos estados e muitos municípios que enfrentam desafios de ordem financeira para o financiamento educacional. Mas, sobretudo, é muito importante melhorar a gestão desses recursos, garantir que eles sejam aplicados nas políticas educacionais mais efetivas, que se transformem em mais acesso e mais aprendizagem para os estudantes.”

O Fundeb é a principal forma de financiamento da educação básica no Brasil e é abastecido por diversos impostos com complementação da União. O Novo Fundeb, aprovado em 2020, prevê o aumento dos recursos repassados pela união de forma gradativa, partindo de 10% até atingir 23% em 2026.

Agência Brasil

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais