Um verdadeiro absurdo. Com um orçamento para 2017 estimado em R$ 70.973.400,00 (setenta milhões novecentos e setenta e três mil e quatro centos reais), o maior entre todos os órgãos municipais, a SMS (Secretaria Municipal de Saúde) está deixando a desejar no que diz respeito a alguns serviços básicos oferecidos nos Postos de Saúde. Na manhã desta segunda-feira (20), um paciente relatou que esteve em três Unidades Básicas de Saúde e não conseguiu ser atendido devido à falta de, pasmem, material para fazer um curativo na perna.
A peregrinação do mecânico, Francisco Canindé Nunes dos Santos, começou no PSF do bairro Cohab, que é um anexo do Posto de Saúde do bairro Paraibinha. “Quando cheguei a enfermeira disse que não tinha o material para fazer o curativo. Aí me encaminharam para o Posto dos Morrinhos e lá me falaram que o único material que tinha era soro. Fui para o Posto do Junco aí me disseram que a funcionária que faz curativo na parte da manhã tinha sido demitida e que só tinha outra na parte da tarde a partir de uma meia”, relatou em entrevista a rádio Difusora.
Ainda de acordo com ele, as funcionárias dos Postos de Saúde por onde passou o orientaram a comprar o material em uma farmácia e fazer o curativo em casa. “Isso é imoral, uma falta de vergonha. O Ministério Público devia fiscalizar isso porque a gente fiscaliza apenas quando precisa e na hora que chega lá é negado. Nós somos contribuintes, a gente contribui para quando precisar a gente ter”, desabafou.
A coordenadora municipal de Atenção Básica, Edilce Leite Leão, em entrevista a Difusora, confirmou que foi procurada pelo mecânico que lhe denunciou a situação. No entanto, a gestora municipal disse que só foi informada do problema na Unidade Básica de Saúde do bairro Cohab. Ela explicou ainda que o que houve foi uma falha na logística da distribuição do material, onde a quantidade destinada para suprir a necessidade mensal do PSF em questão acabou antes do prazo estipulado.
“Os PSF’s tem um cronograma para vir pegar esse material na Farmácia Básica da Secretaria de Saúde. O profissional [do bairro Cohab] veio pegar o material no dia 23 de fevereiro e o quantitativo que foi pego talvez não tenha sido suficiente para suprir [a necessidade do mês]. Foi só isso que aconteceu. Talvez uma falta de logística na hora da distribuição desse material, mas é um caso que já foi resolvido. Vamos tomar as medidas cabíveis para que isso não ocorra mais e que seja levado o quantitativo suficiente para suprir tanto da Unidade Básica de Saúde como seus anexos”, argumentou a coordenadora de Atenção Básica.
Edilce Leite encerrou orientando que caso algum usuário passe por esse mesmo problema que procure a Coordenação de Atenção Básica para fazer a denúncia. “Sou muito acessível e nós temos uma equipe de coordenadores para resolver qualquer problema. Então quem se sentir lesado pode estar se dirigindo aqui a Secretaria de Saúde e procurando a Coordenação que com certeza será atendido”, encerrou.
Diadiapiauí