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30 de abril de 2024
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Estudante com deficiência visual é aprovada em 1º lugar em direito na UFPI

Estudante Maria Gabriela — Foto: Arquivo Pessoal

A piauiense Maria Gabriela, de 18 anos, nasceu com glaucoma congênito e tem dificuldade para enxergar, mas apesar das limitações, ela foi aprovada em 1º lugar na cota de candidatos com deficiência no Curso de Direito da Universidade Federal do Piauí (UFPI). A jovem mora na Zona Rural de Pimenteiras, a 260 km de Teresina, e sempre estudou em escola pública.

Joana Darc, mãe de Maria Gabriela, afirmou que para ajudar a filha, teve que aprender sobre educação inclusiva e incentivou a escola da filha a adotar medidas que ajudassem no aprendizado da jovem. Maria é egressa do CEEP Antônio Gentil Dantas Sobrinho.

“A trajetória de estudos dela sempre foi muito difícil, pois sempre moramos na zona rural e ela sempre estudou em escola. A minha maior preocupação era como funcionava a educação inclusiva, era a maior dificuldade, mas fui buscando informações e apoio de professores. Me capacitei por conta própria e depois tentei convencer a escola a ser inclusiva, capacitando professores e deixando a escola acessível”, explicou Joana Darc dos Santos da Silva.

Maria Gabriela teve nota 940 na redação do Enem, o que lhe garantiu o 1º lugar na cota de candidatos com deficiência no Curso de Direito UFPI. Ela afirmou através dos estudos em casa e com o auxílio da internet, que possui ferramentas que garantem acessibilidade, conseguiu estudar para ter êxito na prova.

“Quanto à redação, a minha escola não tinha muito suporte até 2019, que foi o ano que terminei o ensino médio. Não tive aulas de redação e nem conteúdo focado para a redação do Enem. Foi só ano passado que foquei em aulas na internet, uma plataforma para correção da redação, vídeos no Youtube e estudando sozinha. A tecnologia foi minha aliada”, afirmou a estudante Maria Gabriela.

Feliz com a aprovação, a jovem agora vai ter que enfrentar um novo desafio. Ela vai ter que sair do Povoado Baixio, que está localizado a 37 km da cidade de Pimenteiras, e vai ter que se mudar para Teresina.

“Vou ter que deixar meus pais e vir morar em Teresina com a minha irmã. Terei que andar com as próprias pernas, estou assustada, mas feliz com esse novo mundo que vou ter que desvendar”, disse a estudante.

Fonte: G1-PI

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