24.8 C
Jacobina do Piauí
26 de julho de 2024
Cidades em Foco
GeralInternacionalPolítica

Deputados esperam decisão sobre litígio de terras entre Piauí e Ceará ainda em 2024

Imagem ilustrativa reprodução de Renato Andrade / Cidadeverde.com

Os deputados da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) esperam que o último capítulo do julgamento sobre o litígio quase 3 mil km de terras entre Piauí e Ceará aconteça ainda este ano no Supremo Tribunal Federal (STF). Carmem Lúcia é ministra responsável por relatar a disputa pela linha divisória entre os estados.

O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), Franzé Silva (PT), avaliou que a discussão sobre o litígio deve avançar no STF com a conclusão de uma perícia solicitada ao Exército sobre o limite de terras entre os estados.

“A fase mais complexa era a fase que foi feita pelo Exército, que era fazer uma inspeção, fazer um trabalho em campo, através de um trabalho que o Estado Piauí bancou praticamente sozinho porque o Ceará não quis compartilhar esse gasto. Então, essa perícia do Exército está concluída, esperamos agora que chegue até anexar essa perícia ao processo que está sob a competência da ministra”, explicou.

Na quarta-feira (17), o deputado também apresentou um requerimento, solicitando ao presidente nacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Márcio Pochmann, a correção de atlas que apresenta mapa atribuindo a área de litígio territorial ao Ceará.

Questionado pela reportagem, o deputado explicou a motivo da atenção dos dois estados na disputa por terras: o potencial de riquezas da região, com a possibilidade de influenciar até o percentual do Produto Interno Bruto (PIB) do Piauí, caso vença a batalha judicial.

Tanto a Alepi, quantos as secretarias que fazem o arco da equipe econômica do Governo do Estado preparam um estudo para avaliar o volume de recursos em disputa.

Para Franzé Silva, o Piauí tem sido lesado financeiramente em relação aos recursos que são explorados na região de litígio pelo Ceará.

“É uma região que produz hortifrutigranjeiros, produz especialmente a questão da indústria do turismo, com muitos minerais, produtor de uma energia limpa de forma muito forte, tanto a eólica quanto a fotovoltaica, e uma região que precisa ser definida de quem é o pertencimento a essa terra. Então, durante essas décadas, o Ceará tem se apropriado dessas riquezas como se fosse PIB do Ceará, como se fosse riqueza do Ceará, e isso não é correto, isso precisa ser definido”, pontuou o parlamentar.

Por Paula Sampaio  / CidadeVerde

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais