Após 36 dias, o corpo de Edson Batista da Silva, 45 anos, foi encontrado em uma ribanceira, na cidade de Monsenhor Hipólito. Até então, a família acreditava que o agricultor havia sido morto, após ter saído de casa em direção à residência de sua ex-companheira, com quem manteve um relacionamento conturbado e com ameaças, segundo a família.

O corpo do agricultor foi encontrado em estado de decomposição avançado e com indícios de que o mesmo haveria sofrido um acidente ao colidir em uma árvore em uma curva, às margens da rodovia. Contudo, a família rechaça a possibilidade, visto que o trecho em que o corpo foi encontrado é bastante movimentado e que por lá os familiares passaram diversas vezes de moto, carro e a pé, e nunca o encontraram, levando-os a crer que a cena foi montada.

Os familiares alegam ainda como o corpo foi encontrado – debaixo da moto. Segundo eles, se a causa foi a colisão com a árvore, logicamente ele deveria ter sido arremessado, e não ter ficado com a moto embaixo dele. Eles corroboram a tese de homicídio porque o agricultor tinha um corte na nuca e nenhum na face e, caso ele tivesse colidido contra a árvore, a primeira impressão seria a de que o rosto dele estivesse machucado.

Eles informaram ainda que, no local onde estava o corpo, não havia sinais de sangue nem no chão e nem na motocicleta.
A perícia que esteve na cidade de Monsenhor Hipólito, na localidade Cabeceiras, na manhã desta segunda-feira (15), aponta que a morte foi ocasionada por acidente, mas que apenas o laudo cadavérico confirmará a tese. Os familiares seguem buscando uma investigação mais aprofundada e acreditam que a cena foi montada porque a polícia estava prestes a descobrir a possível autoria do crime.

O corpo foi enviado para Teresina e deve chegar ao município de Santo Antônio de Lisboa na tarde desta terça-feira (16) para velório e sepultamento.