O calor de Teresina pode estar afetando o funcionamento de celulares. Em menos de uma semana, três pessoas relataram que os aparelhos pararam de funcionar, por cerca de 15 minutos, devido ao superaquecimento. A temperatura, acima do normal, foi comprovada por meio de uma mensagem que aparece no próprio visor do eletrônico.
“Era por volta de 13h30, quando entrei no carro. Ao sair verifiquei que apareceu uma mensagem que nunca tinha visto sobre temperatura. Depois, meu celular ficou 15 minutos sem funcionar até esfriar. Nunca tinha acontecido comigo e acho que tem relação com o calor”, disse o internauta Roberto Sousa.
Outro internauta, que preferiu não se identificar, relatou que se expôs ao sol com o aparelho celular por alguns minutos e, de repente, o celular também parou de funcionar devido ao superaquecimento.
Os celulares que apresentaram problemas são da marca Iphone. Eroni Santos, professor de Física, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), confirma que o superaquecimento pode ter relação com o calor de Teresina. No caso de aparelhos com sistema Android, carregadores errados, atualização ou bugs podem ocasionar a situação. Já no caso dos iPhones, que tem sistema IOS, a causa pode estar relacionada ao calor.
“A maioria dos celulares usam bateria de lídio que precisam estar com temperaturas abaixo de 60°C e em Teresina existem muitos relatos desses super aquecimentos, principalmente quando os celulares são carregados dentro de carros ou sob incidência de luz solar”.
Eroni Santos complementa que, no caso dos iPhones, a ideia é que o aparelho funcione com a temperatura de até 35°. Ele cita, por exemplo, que a temperatura no painel do veículo, pode chegar a 60º e até 70º.
“É possível alcançar temperaturas altíssimas devido ao efeito estufa, dentro de carros, e isso é muito fácil nas temperaturas registradas em Teresina. Somado a isso, ainda podemos citar o uso de capas que não permitem a dissipação do calor e o uso de carregadores não originais.” reforça o professor, que ainda alertou para o risco de danos no aparelho ou ainda incêndios.
Por Graciane Araújo / CidadeVerde
