Casa pega fogo e menina de 8 anos é salva por vizinho no Piauí: ‘achei que ela fosse morrer’, diz mãe da criança

O incêndio começou por volta 23h. Segundo a mãe da criança, Maria de Lourdes, as chamas se espalharam rapidamente e consumiram os três cômodos da casa. No momento, a mulher dormia no mesmo quarto com os dois filhos.

Quando perceberam o fogo, a família correu. Maria de Lourdes e o filho de 13 anos saíram da casa pela porta da frente, mas a menina foi pelo outro lado e acabou presa no quintal. O imóvel era ligado com a residência vizinha, o que ajudou o vizinho Antônio Francisco a ouvir os gritos da menina.

“A gente arrebentou a janela do meu quarto, porque a parede da casa onde ela estava dava acesso à janela. Era uma janela gradeada de ferro, não sei onde a meu esposo arranjou tanta força, mas naquela hora a gente não pensa em nada, só em salvar a criança”, contou Ironildes Ribeiro, esposa de Antônio Francisco.

Maria de Lourdes contou o desespero ao perceber que a filha estava dentro da casa em chamas. A menina resgatada teve apenas queimaduras leves.

“Eu fiquei muito revoltada quando eu vi minha filha quase morta. Eu pensei que perderia a minha filha, pois ela estava sem ar quando foi puxada pela janela. Mas hoje eu estou feliz, porque ela está viva, com saúde, graças a Deus”, contou emocionada Maria de Lourdes.

A casa incendiada foi cedida a Maria de Lourdes pelo casal de vizinhos, porque ela está desempregada e não tem moradia própria. A família se mudou para o imóvel na última quinta-feira (7).

“Ela veio aqui em casa na semana passada pedir ajuda, porque estava desempregada e não tinha onde morar. Nós cedemos a casa para ela, porque estava vazia, e agora aconteceu essa tragédia”, contou a vizinha Ironildes Ribeiro.

Durante o incêndio, a mulher e as duas crianças perderam todos os seus pertences. Maria de Lourdes e seus dois filhos estão hospedados na sala de estar da vizinha. No momento, eles estão precisando de doações de roupas, alimentos e uma nova casa.

Fonte: Estagiária sob supervisão de Catarina Costa / G1-PI