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28 de abril de 2024
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Brasil tem 3ª maior inflação ao consumidor das Américas

Dinheiro - Foto ilustrativa reproduçã: Cidades em Foco

A inflação ao consumidor no Brasil se manteve em abril entre as três maiores nas Américas, atrás apenas de Venezuela e Argentina, países que já viviam uma situação de descontrole inflacionário antes das pressões geradas pela pandemia e pela Guerra da Ucrânia.

O índice de preços ao consumidor atingiu 12,1% no acumulado em 12 meses em abril, segundo dados do IPCA divulgados nesta quarta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na Venezuela, o índice local acumula alta de 222% no mesmo período. Na Argentina, de 55% no acumulado até março (ainda não há dados para o mês passado).

Paraguai, Jamaica e Chile completam a lista de países na região com índices acima de dois dígitos. Os EUA, que registram inflação de 8,3% no acumulado até abril, ocupam a 10ª posição, segundo levantamento feito na plataforma Tradingeconomics.

Embora disseminada em praticamente todos os países, a alta da inflação chegou antes ao Brasil e tem se mostrado mais resistente por aqui, o que tem sido uma preocupação adicional para os planos de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Nesta quarta, após a demissão de Bento Albuquerque do Ministério de Minas e Energia, o presidente disse que “o Brasil foi um dos países que menos subiu o preço das coisas”.

Entre as economias do G20, o Brasil perdeu recentemente a terceira posição entre aqueles com maior inflação para a Rússia, que sofre sanções relacionadas à guerra. Dentro desse grupo, o país está agora na quarta posição, atrás também de Turquia e Argentina.

A inflação média do G20 para dados divulgados em abril é de 6,6%, quando se exclui a Turquia. Com uma inflação de 70% em 12 meses, o país puxa a média para quase 11% quando colocado na amostra.

Os países desenvolvidos têm sofrido mais por conta dos preços de combustíveis e outros itens ligados ao fornecimento de energia. Já os emergentes sofrem adicionalmente com a questão dos alimentos.

Bancos centrais reagem à alta de preços elevando juros Diversos bancos centrais têm reagido à inflação e elevado as taxas de juros –e o Brasil não é exceção. Atualmente, o país possui a maior taxa de juros ao ano (6,69%), descontada a projeção de inflação, segundo o ranking de juros reais compilado pelo portal MoneYou e pela gestora Infinity Asset Management.

A lista tem 40 países. Na média, a taxa de juros real ainda é negativa entre esses países.

A piora no cenário econômico externo, que puxou novamente o dólar para cima, frustrou as expectativas de que a inflação começasse a recuar em maio e levou o Banco Central a sinalizar novas altas de juros neste ano.

Fonte: Folhapress

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